Vítor Hugo Valente, líder da lista "E" candidata às eleições de sexta-feira para os órgãos sociais do Vitória de Setúbal, no mandato 2020-2023, afirma que o clube da I Liga está preparado para lutar por "novos patamares competitivos".

Em entrevista à agência Lusa, o atual presidente do emblema setubalense revelou que vai apresentar esta semana de que forma, e com que parceiro, vai traçar metas mais ambiciosas no clube.

"Vou em breve, antes das eleições, anunciar como é que vamos redefinir objetivos e com quem. Coloquei o Vitória em situação de poder chegar a novos patamares competitivos, tal como prometi há dois anos quando assumi a presidência", disse.

O advogado, de 58 anos, diz que só o facto de o clube ter hoje uma situação mais consolidada do que quando entrou em funções permite atrair parceiros para o Vitória de Setúbal.

"O Vitória não é rico, mas é um clube estável. Os indícios estão à vista: salários em dia e inscrições feitas dentro dos prazos. Digam o que disserem, a verdade é que ninguém sério e com credibilidade se aproximava do Vitória com outro tipo de projetos, se não estivéssemos como estamos", vincou.

Na hora de traçar as prioridades que tenciona cumprir caso seja eleito, Vítor Hugo Valente destaca, entre outros aspetos, a aposta nas infraestruturas.

"Queremos fazer um reforço óbvio da equipa de futebol para atingir os patamares para os quais quero que o clube lute. Vamos também apostar nas infraestruturas e na formação. No fundo, é dar desenvolvimento num patamar superior ao que fizemos até aqui. Muito antes do final do mandato vamos ter espaços próprios para a equipa treinar, de modo a evitar que andemos sempre com a casa às costas para treinar em Troia e Palmela", referiu.

O candidato da lista "E" não tem dúvidas que, o facto de existirem mais quatro listas candidatas às eleições, só vem confirmar que as coisas estão hoje muito melhores do que no passado.

"Nunca pensei que houvesse tantos, mas sabia que iriam aparecer mais candidatos. Não é um chavão, mas há a perceção pública de que o Vitória, comparado como estava quando cá cheguei, é um clube muito melhor. A parte desportiva e financeira está muito melhor do que estava, quer na SAD quer no clube. Esse facto predispõe as pessoas a virem candidatar-se e têm legitimidade para o fazer. O número inusitado decorre disso mesmo, digam o que disserem", explicou.

Vítor Hugo Valente, que tem António Carrapeta e Joaquim Neves como candidatos à mesa da Assembleia Geral e ao Conselho Fiscal, respetivamente, afirma que gostaria de ter visto as pessoas que agora estão na corrida à liderança do clube terem tomado essa decisão quando o clube mais precisou, e não o fizeram.

"Quando em 2009 isto estava para ser fechado quem deu o passo em frente e aceitou ser o presidente da SAD, que ainda hoje tenho o meu património a garantir essas situações, fui eu. Em 2017 também fui eu e duas dessas pessoas que hoje são candidatas. Pedro Gaiveo Luzio e Paulo Gomes foram bater-me à porta para unir a lista comigo, porque eu era o homem que sabia disto", comentou.

Questionado sobre o corte de relações com o Sporting e o que aconteceu, o dirigente afirmou que não era oportuno abordar o caso, mas respondeu às acusações que lhe são imputadas de que aproveitou a situação com objetivos eleitorais.

"Não me podia demitir de ser o presidente do Vitória. De que forma é que isto pode ser visto como aproveitamento. Não fujo das minhas obrigações. Estávamos perante um problema dramático e quanto mais precisam de mim, mais presente estou", sublinhou.

Vítor Hugo Valente (lista E) terá como adversários Chumbita Nunes (A), Pedro Gaiveo Luzio (B), José Dias Mendes (C) e Paulo Gomes (D) no ato eleitoral que elege os órgãos sociais do Vitória de Setúbal no mandato de 2020-2023.