O presidente do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), Vítor Pataco, confirmou hoje já ter interposto um processo contra o antecessor, Augusto Baganha, e salientou que o IPDJ "é muito mais do que claques de futebol".
"Isso vai ser decidido e trabalhado no local próprio, que são as vias judiciais. Já interpus o processo que tinha de interpor e estou tranquilo relativamente às matérias que estão em causa. O IPDJ é muito mais do que as claques de futebol", afirmou Vítor Pataco, à margem da segunda reunião da Confederação Lusófona de Treinadores.
O dirigente confirmou, assim, o que já tinha antecipado na terça-feira, após Augusto Baganha ter acusado o atual presidente do IPDJ e o secretário de estado da Juventude e Desporto, João Paulo Rebelo, de quererem beneficiar o Benfica no caso da interdição do Estádio Luz, em 2017, e no processo relativo ao apoio clube 'encarnado' às claques não legalizadas, que remonta a 2016.
Vítor Pataco disse estar em "sintonia com o governo", uma vez que "o IPDJ executa a política pública para o desporto e juventude", e assegurou nunca ter sido pressionado para favorecer quem quer que fosse.
"Nunca senti pressão nenhuma. A pressão que sinto é no dia-a-dia, para fazer cada vez melhor e a equipa que está comigo neste momento também está empenhada nisso", transmitiu.
O antigo presidente do IPDJ, Augusto Baganha, revelou na terça-feira que o secretário de Estado da Juventude e Desporto pressionou a sua direção para que resolvesse a interdição ao Estádio da Luz.
O ex-dirigente disse que uma das formas de pressão de que foi alvo enquanto estava no cargo prendeu-se com a resolução do caso de interdição do Estádio da Luz, em julho de 2017, que foi decretada por parte daquele instituto durante quatro dias, por considerar nulo o regulamento interno do Estádio da Luz.
Augusto Baganha reiterou também as acusações que já tinha feito ao seu antigo vice-presidente, Vítor Pataco, por este ter tido nas suas mãos durante dez meses um processo relativo ao apoio reiterado do clube 'encarnado' às claques não legalizadas, um caso que remontava a 2016.
A Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto irá ouvir hoje as justificações do secretário de Estado, João Paulo Rebelo.
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