O médio Nuno Assis admitiu hoje a existência de salários em atraso no Vitória de Guimarães, sexto classificado da Liga de futebol, mas assegurou que não afetam o grupo de trabalho orientado por Rui Vitória.

Entrevistado pela Rádio Fundação antes do jogo de domingo com o FC Porto, da 16.ª jornada, e quando questionado sobre se «os salários em atraso de que se falam afetam o grupo», o experiente médio criativo respondeu: «Não, curiosamente não. Vejam que não têm afetado porque fala-se em dois meses, mas é nesta altura em que ganhámos cinco dos [últimos] sete jogos [para o campeonato]».

«Se fosse ao contrário, as pessoas iriam dizer não jogam porque não recebem, mas tem acontecido o inverso. Claro que não é fácil para o nosso presidente porque a crise afeta o país e a Europa e o Vitória não é diferente. Em sete épocas, tal atraso só aconteceu uma vez, na altura do Pimenta Machado, mas penso que o nosso presidente está a tratar de resolver isso», afirmou.

Nuno Assis, de 34 anos, regressou esta temporada a Guimarães depois de uma experiência no Al Ittihad, da Arábia Saudita, e fez a defesa do presidente, Macedo da Silva, muito contestado por alguns setores da massa associativa, que pedem, inclusivamente, a sua demissão.

«Não me lembro de um presidente de que os vitorianos tenham gostado. Se me disserem um, fico contente porque em tantos anos não me lembro e, pelo que ouço dizer, não existe», afirmou.

Nuno Assis considerou «normal que se critique a atual direção» porque «nunca se gosta de quem está».

«A única forma que temos de acalmar as pessoas é ganhando. Quando os resultados aparecem as pessoas andam felizes. Mas os problemas com a direção têm que ver também com os problemas que o país atravessa», notou.

O plantel vitoriano volta a treinar na quinta-feira de manhã, no complexo desportivo do clube, e no final, às 12:00, o técnico Rui Vitória fará, em conferência de imprensa, a antevisão da receção ao Nacional, sexta-feira, da 17.ª jornada da Liga.