O Vitória de Guimarães vai instalar 1.900 painéis fotovoltaicos no Estádio D. Afonso Henriques e no pavilhão, estimando o clube da I Liga portuguesa de futebol uma redução anual as emissões de dióxido de carbono em 654 toneladas.
Em conferência de imprensa realizada hoje no estádio vitoriano, o presidente do clube minhoto, António Miguel Cardoso, e o administrador executivo da empresa Sustainable Energy Systems (SES), responsável pelo investimento, Paulo Silva, apresentaram um projeto que contempla a instalação desses painéis nas coberturas de cada uma das infraestruturas.
Com uma potência global instalada de cerca de um megawatt, o Vitória de Guimarães perspetiva uma autonomia de energia de cerca de 45%, uma produção equivalente à necessária para fornecer eletricidade a 351 famílias e reduzir as emissões de dióxido de carbono em 654 toneladas, quantidade correspondente ao efeito de se plantarem 4.575 árvores.
As “centrais de produção de energia fotovoltaica” vão começar a ser instaladas em junho mediante um investimento global de 800 mil euros, inteiramente suportado pela SES, que assinou um contrato para explorar a produção de energia durante 15 anos, podendo o Vitória ficar com “a propriedade do projeto” após expirado esse prazo ou “antes”, se assim o entender.
O administrador executivo da SES justificou a parceria com os vimaranenses, pelo facto de ter um estádio com “uma cobertura lindíssima que não está a ser utilizada para absolutamente nada” e com “o consumo de energia reduzido” do clube, à exceção dos jogos oficiais da equipa principal de futebol, realizados, na maioria das vezes, à noite.
As duas instituições estimam, aliás, que 80% da energia produzida será “excedente”, podendo ser vendida a qualquer residente num raio de proximidade de dois quilómetros, com uma “tarifa bonificada” aos aderentes, que podem beneficiar de descontos na fatura energética, independentemente do seu comercializador, adiantou Paulo Silva.
António Miguel Cardoso realçou, por seu turno, que é importante o Vitória de Guimarães estar “à frente” na “responsabilidade social e ambiental”.
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