O antigo goleador da seleção angolana de futebol, Fabrice Alcebíades Maieco "Akwá", apontou, em Luanda, que a próxima participação do país num campeonato de futebol do mundo dependerá em grande medida do nível de organização, atuação e planificação da Federação Angolana de Futebol.

Falando à Angop a propósito do 8 de outubro de 2005, em que marcou o golo que ditou o apuramento ao primeiro Mundial, o ex-avançado sublinhou ser prematuro pensar em segunda qualificação, tendo em conta a crise de resultados que o conjunto angolano tem vivido nos últimos seis anos.

Akwá frisou que depois deste feito, os apuramentos aos africanos de 2012 (Gabão - Guiné Equatorial) e 2013 (África do Sul), as conquistas foram todas obtidas à tangentes, facto que revela o mau momento do futebol angolano.

Contudo, acrescentou que enquanto se registarem falhas de comunicação com os atletas e demora na resolução de processos de futebolistas que atuam no exterior, como caso Dolly Menga e Igor Vetokele, a esperança de voltar a marcar presença no mundial pode ser demorada.

Para si, se a FAF fizer bons investimentos e programação nos escalões de formação, assistindo-os a sua trajetória, num período de médio ou longo prazo, estes estarão aptos para equipa nacional e podem já lutar por uma vaga no mundial de 2022, no Qatar.

Angola qualificou-se pela única vez no mundial de futebol, em 2006, fruto do golo solitário apontado pelo próprio Ákwa, em complemento de um cruzamento efetuado, por Zé Kalanga, aos 84 minutos.

O antigo ponta-de-lança, agora com 37 anos de idade, encerrou a sua carreira no Petro de Luanda (2008). Militou em clubes como Nacional de Benguela, Alverca, Sport Lisboa e Benfica, de Portugal, e Alwakra do Qatar.

Atualmente, Ákwa é o mentor do projeto deteção de talentos denominado Candengue Habilidoso.