O ex-capitão da seleção angolana Alcebíades Maieco "Akwá" manifestou-se esta quarta-feira consternado com a morte do músico Beto de Almeida, autor do considerado hino dos Palancas Negras, por ser um artista que retratava a vida e as raízes angolanas.

Em declarações à Angop a propósito do falecimento do autor da música “Palancas a Vencer”, em homenagem aos Palancas Negras, Akwá, cuja ligação amistosa com o artista remota da década de noventa, afirmou que Beto de Almeida descrevia a cultura, a vivência e o dia-a-dia dos angolanos.

«Era um homem de cultura muito forte. Meu grande amigo, não tenho palavras para descrever as suas qualidades, mas a verdade é que o prematuro desaparecimento fisico deixa um vazio na cultura angolana», lamentou.

Disse que além de ser compositor e cantor de excelência, com letras e mensagens de cultura, desporto e outros domínios da vida angolana, Beto de Almeida procurou sempre ajudar os jovens talentos com humildade, para o crescimento da música no país.

«Ele cantou e transformou a música Angola a Vencer, em hino nacional. Por isso e outros seus feitos, Beto de Almeida deve ficar imortalizado», defendeu.

Akwá conheceu, pela primeira vez, Beto de Almeida em 1995, numa altura em que o músico produzia a canção “Palancas a Vencer” em alusão ao apoio à campanha da seleção de futebol para o CAN, decorrido na África do Sul96.

No repertório de Beto de Almeida, cuja carreira começou em 1980, no Lubango (Huíla), consta um album a solo intitulado “Cara de Pau”, lançado em 1991, antes gravou “Paciência”, “Vou comer então aonde” e “Cara de pau”. Mais tarde, juntou-se ao irmão Moniz. A dupla lançou os discos “Kimbamba”, “Pico” e “The Best Mais 5” e participou em vários eventos musicais na África Austral e na Europa.