As ausências de Manucho Gonçalves nos últimos três jogos dos Palancas Negras para o apuramento ao Mundial 2014 e de Amaro, domingo frente à Swazilândia para a Taça CHAN, em Mbabane, foram explicadas pelo presidente da Federação Angolana de Futebol (FAF), Pedro Neto, em conferência de imprensa.

«Para a seleção nacional vem quem de livre vontade quer, consciente de que vem para uma missão de estado, para sujeitar-se à disciplina interna no seio da seleção e porque tem que jogar sobre as cores da bandeira, exaltando o patriotismo», disse o responsável da FAF.

Segundo o dirigente federativo, quando se está na seleção nacional, há dois momentos de disciplina (a consciente e a imposta), esclarecendo que a primeira se baseia no conhecimento do dever patriótico de qualquer desportista e a última regulamentada pela instituição.

Para Pedro Neto, a ausência de Manucho Gonçalves, embora tenha se escusado citar o nome do avançado do Valladollid de Espanha, pode encontrar resposta no caso de falta de interesse, porém compreende a situação de Amaro, que deixou a seleção na África do Sul por questões pessoais.

«O atleta tem responsabilidades, tem de deixar de ser garoto, tem que ser um homem e tem que ajudar com essa disciplina consciente para que não surjam casos como este. E nós, o que salvaguardamos é não ter atletas contrafeitos no seio da seleção, no seio do colectivo, dentro da equipa», prosseguiu.

Pedro Neto sublinhou que se alguém que tem consciência de que está num colectivo onde o seu papel é de extrema importância levanta o problema de que tem um caso inadiável, o órgão competente da federação deve entender e nunca forçá-lo a ficar.

«Ganha o quê um jogador contrafeito, um jogador contrariado? Com a possibilidade de influenciar negativamente o colectivo e nós tomamos as decisões que seriam as menos gravosas para o ambiente da seleção e atitude menos gravosa era dispensar o atleta (Amaro)», defendeu o presidente da FAF.