O presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, congratulou-se hoje com a vitória da seleção de futebol sobre Portugal, por 2-0 no Estoril, realçando a “evolução notável” da equipa nos últimos anos.
“Estamos muito satisfeitos pela vitória contra Portugal. Uma vitória humilde, coesa, quase que de uma família. Os ‘tubarões azuis’ orgulharam muito o nosso país”, vincou.
O chefe de Estado realçou as “circunstâncias muito especiais” em que o desafio se disputou, com Portugal a “disponibilizar-se para uma causa nobre, de solidariedade para com as vítimas da [erupção da] Ilha do Fogo”.
A receita do jogo, 50 mil euros, reverte na totalidade para aquela causa e, a esse propósito, o presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes, entregou um cheque simbólico a Jorge Almeida Fonseca no intervalo do jogo.
A erupção vulcânica no Fogo, que começou a 23 de novembro de 2014 e que se manteve ativa durante mais de dois meses, destruiu Portela e Bangaeira, os dois povoados de Chã das Caldeiras, obrigando à evacuação dos cerca de 1.500 habitantes locais, tendo causado prejuízos estimados pelo governo em 45 milhões de euros.
“Isso é o mais importante hoje. Naturalmente, nos jogos há resultados e a vitória representa para Cabo Verde um triunfo muito saboroso, um estímulo muito forte. Coloca-nos na senda de novos sucessos como tem sido nos últimos anos”, disse.
Jorge Carlos Fonseca elogiou ainda o trabalho de Mário Semedo na presidência da federação de futebol de Cabo Verde, recordando que levou a seleção do 140.º lugar “até aos 30 primeiros do ‘ranking’ da FIFA”.
“Cabo Verde tem estado nas últimas edições da CAN. Falhámos o ‘play-off’ do Mundial do Brasil por uma questão burocrática, na secretaria. Esta equipa pode ir longe e dar grande satisfação”, concluiu.
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