Os "Tubarões Azuis" ambicionam ser a «melhor equipa africana», mas para já a prioridade é correr «atrás do prejuízo» e vencer o próximo jogo de apuramento para o Mundial'2014, domingo contra a Guiné Equatorial, afirmou o selecionador cabo-verdiano.
«A diferença é grande em relação aos adversários, temos de correr atrás do prejuízo. E como o prejuízo é grande, vamos ter de ganhar forçosamente», disse Lúcio Antunes em entrevista à agência Lusa antes de a seleção cabo-verdiana ter partido rumo à Malabo, capital da Guiné-Equatorial, onde no domingo disputa um «jogo difícil» na fase de apuramento para o Mundial 2014, no Brasil.
Atualmente com zero pontos, atrás da Guiné Equatorial (um ponto), Serra Leoa (quatro) e da Tunísia, que lidera o grupo com seis, o próximo jogo é «fundamental para não ficar de fora da corrida» e concretizar o sonho de ver Cabo Verde apurado, pela primeira vez na história, para a fase final de um campeonato mundial, explicou.
«Nem Malabo nem sítio nenhum é fácil quando se joga fora de portas», lembrou o selecionador, que falava à Lusa ainda em Portugal, onde os "Tubarões Azuis" estiveram em estágio.
Lúcio Antunes mostrou-se confiante que a sua equipa vai ser «capaz de dar continuação ao bom resultado obtido» na Taça das Nações Africanas (CAN'2013), onde os "Tubarões Azuis" chegaram aos quartos-de-final, um resultado inédito que deixou eufórico todo o arquipélago.
«Isso só visto. O país parou por completo. Foi bonito, foi uma experiencia», afirmou Antunes, que é também conhecido como o «José Mourinho de Cabo Verde».
O responsável lembrou que depois da CAN2013 a equipa «já tem mais experiência» e pode competir «de igual para igual com as melhores equipas da África».
«Todas as equipas estão ao alcance de Cabo Verde. Temos vindo a fazer um trabalho bom, os jogadores estão a crescer como jogadores, a equipa está cada vez mais forte. Esperamos que a equipa consiga dar uma boa resposta e levar os três pontos para casa», afirmou.
Após as derrotas frente à Serra Leoa e à Tunísia, nos primeiros dois jogos de apuramento para o Mundial'2014, a prioridade agora, insistiu Antunes, é «continuar a trabalhar com responsabilidade, dedicação e com os pés bem assentes no chão».
Só assim será «possível repetir a festa que começamos na África do Sul», frisou o 'mister' cabo-verdiano de 46 anos, reconhecendo que a pressão sobre a sua equipa aumentou desde a CAN.
«Sim mas é uma pressão boa. A responsabilidade aumentou claro, mas nos é que andávamos a procura disto. Há muito tempo que Cabo Verde estava à procura de grandes palcos e grandes equipas. Estamos num bom momento e temos de desfrutar», acrescentou o técnico, reconhecendo que a recente vitória sobre Angola na CAN'2013 teve um sabor especial.
«Não por se ter tratado de Angola, mas porque foi a vitória que nos deu a passagem aos quartos-de-final».
Lúcio Antunes, que após o apito final contra deu uma volta de honra ao campo com a bandeira do seu país, afirmou-se feliz por poder contribuir para a projeção da boa imagem que o arquipélago goza a nível internacional.
Sobre se os Tubarões Azuis ambicionam ser a melhor equipa africana lusófona, Antunes ripostou: «Isso nós já somos. Ambicionamos é ser a melhor equipa africana, mas é claro que há potências em África que estão muito em frente de Cabo Verde».
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