Contactados pela Agência Lusa, Horácio Antunes, Amaro Camões e José Jorge Nogueira remetem a decisão para o momento da votação, no sábado, em Assembleia-Geral (AG) extraordinária da FPF.
«Não estou preocupado. Até sábado ainda tenho de falar com algumas pessoas e espero resolver da melhor maneira a situação do futebol português que, se estiver nas minhas mãos, está bem entregue», frisou Horácio Antunes.
Tal como o dirigente de Coimbra, também o presidente da Associação de Futebol (AF) de Évora não revela o seu sentido de voto: «Quando chegar o momento, terei o meu voto que será dado em consciência, mas agora não sou capaz de lhe garantir como vou votar».
«Já vi pessoas dizerem uma coisa em reuniões até às duas da manhã e depois, na manhã seguinte, dizerem o contrário e não foi só uma vez. Cambalhotas, é assim que eu lhes chamo e eu admito perfeitamente que haja», explicou Amaro Camões.
Também só no momento da votação será conhecida a posição da AF Bragança.
«A nossa posição só será tomada na altura própria. Por agora, mantêm-se as mesmas dúvidas, como a limitação de mandatos, o método de Hondt e a representatividade, assim como a ingerência do Governo no assunto», atestou José Jorge Nogueira.
Apesar da renitência sobre estes pontos, o presidente da AF de Castelo Branco, que votou contra na AG de 29 de Janeiro, assegurou mudar o sentido de voto.
«Acho que o RJFD tem aspectos muito positivos, vanguardistas, mas há três ou quatro aspectos menos conseguidos, que até podem criar problemas ao funcionamento da FPF. Mas, depois da última AG, reunimos os clubes e estes decidiram que o impasse não pode perdurar no tempo», admitiu Carlos de Almeida.
Perante as ameaças de FIFA e UEFA e «as possíveis consequências para o futebol português», a AF de Castelo Branco conta «posicionar-se de forma responsável».
«Nós mudámos, Portalegre também mudou e Coimbra também o poderá fazer. Eu espero que fique resolvido de uma vez por todas», concluiu Carlos de Almeida.
A adaptação dos estatutos ao RJFD já foi chumbada em três AG, a última das quais a 29 de Janeiro, com os votos contra das associações de Angra do Heroísmo, Braga, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Guarda, Horta, Leiria, Portalegre, Porto e Viana do Castelo, bem como os enfermeiros e massagistas (ANEDMF).
Na altura, a proposta submetida pela Liga de Clubes recebeu 70,6 por cento de votos a favor, quando, para aprovação, são necessários 75,0 por cento, mais um.
Caso se mantenham estas posições e contando com Portalegre e Castelo Branco, a proposta da direcção da FPF garante 73 por cento dos votos, sendo aprovada se obtiver os votos favoráveis da AF Coimbra (2,4 por cento) ou contar com os das estruturas de Évora (1,4) e Bragança (1,2), em simultâneo.
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