A queixa-crime é fundamentada por alegados indícios de fraude processual no processo disciplinar interposto pela ADoP (Autoridade Antidopagem de Portugal), o qual, segundo a mesma fonte, “não continha nenhuma referência” a qualquer perturbação do controlo antidoping por parte do ex-seleccionador, o que indicaria “uma viciação à posteriori na acusação formulada contra este”.
A iniciativa do ex-seleccionador visa também o presidente do Instituto do Desporto de Portugal, Luís Sardinha.
Recorde-se que Carlos Queiroz foi suspenso por seis meses pela ADoP, por ter perturbado o normal procedimento do controlo antidoping efectuado a 16 de Maio no estágio da selecção na Covilhã, depois do CD da FPF não ter dado como provada essa acusação [apenas o puniu com um mês de suspensão por ter injuriado o presidente da ADoP, Luís Horta].
Só depois de ser conhecida essa decisão do TAS, é que o ex-seleccionador avançará com o recurso para aquela instância superior.
Cerqueira Alves teve um encontro com Carlos Queiroz e o seu adjunto, Agostinho Oliveira, num hotel em Aveiro, no dia da final da Supertaça entre o FC Porto e o Benfica, no qual teria dito, na presença daqueles, que Amândio de Carvalho o aliciara para votar contra a continuidade do ex-seleccionador.
Entre os técnicos que ouviram, da boca de Agostinho Oliveira, na referida reunião, que Cerqueira Alves revelara a tentativa de aliciamento de que foi alvo por parte de Amândio de Carvalho, estavam António Simões, José Costa, Peixe, Oceano, Hélio, Peixe, Rui Bento, Ilídio Vale e Pedro Espinha – a totalidade do corpo técnico das selecções.
De resto, um deles, António Simões, já ouvido pelo CD, no âmbito deste processo, confirmou que Agostinho Oliveira afirmou na citada reunião em casa de Carlos Queiroz, que Cerqueira Alves denunciara a tentativa de aliciamento por parte de Amândio de Carvalho.
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