Quem esperava facilidades para a Selecção Nacional no confronto com o Chile certamente sentiu-se “enganado” ao deixar o Estádio Dr. Magalhães Pessoa, em Leiria. A equipa chilena veio a Portugal discutir o jogo e por vezes fez mesmo a defesa lusa passar por alguns calafrios.
Começou melhor Portugal, com os jogadores a entraram com uma boa atitude no encontro. Nani foi quem assumiu nos instantes iniciais a batuta da equipa e por entre dribles “mágicos” foi aquecendo o público e o jogo, pois a temperatura ambiente e a chuva não convidavam a grandes festividades.
Depois foi Varela que não quis ficar atrás e também deu a conhecer os seus truques futebolísticos, dando muito trabalho aos seus opositores na ala contrária.
Mas nem só de fintas e passes se fez o jogo de Varela, o extremo também esteve na área de finalização. Após um canto cobrado por Nani aos 16 minutos, Varela surgiu ao segundo poste e fez o primeiro golo para Portugal de cabeça.
O Chile tentou reagir à desvantagem, sendo que até então se tinha mantido apenas na sua área. Os ataques dos sul-americanos faziam-se preferencialmente pela ala esquerda onde Isla assumia papel preponderante. No entanto, pouco mais do que isso se viu.
Até que Matías Fernández decidiu assumir o protagonismo do jogo. Num livre a mais de 30 metros da baliza, o médio chileno arriscou o remate e surpreendeu o seu colega de equipa no Sporting, Rui Patrício, que não conseguiu travar o fortíssimo “míssil”.
Se na primeira parte os ataques chilenos se fizeram de forma descontinuada, a equipa orientada por Claudio Borghi entrou no segundo tempo com maior disponibilidade para ter a bola e logo aos 50’ Matías Fernández, endiabrado, quase faz o segundo, mas desta vez Patrício saiu-lhe aos pés e evitou o segundo.
Portugal mostrava-se desconcentrado e desorganizado e o Chile respondeu, crescendo no jogo frente a um Portugal nervoso e que hoje fez, provavelmente, a pior exibição da era Paulo Bento.
Aos 64’ surgiu o primeiro lance de Portugal com algum perigo na segunda parte: Nani flectiu para o corredor central e rematou ao lado. Minutos volvidos e foi Rolando a tentar a sua sorte, com o cabeceamento a sair desenquadrado com a baliza chilena.
O empate acaba por se adequar ao que se passou no relvado de Leiria, num jogo em que estiveram pouco mais de 10 mil espectadores. Na agenda da selecção segue-se agora o confronto com a Finlândia, na terça-feira, em Aveiro.
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