“Eu pedi ao presidente da FIFA para investigar, escrevi-lhe uma carta. É importante para mim que o comité de ética investigue as minhas relações com as candidaturas”, afirmou o tahitiano à Associated Press, garantindo ainda ter-se encontrado hoje com o suíço Joseph Blatter.
O presidente da Confederação da Oceânia de Futebol acrescentou ainda que o painel independente da FIFA para a ética irá analisar o seu caso quarta feira.
“Estou confiante na minha integridade, mas cometi um erro ao falar desta forma”, frisou Temarii.
O presidente da FIFA prometeu uma “profunda investigação” às alegações de um jornal britânico de que Temarii e Amos Adamu, o membro nigeriano do Comité Executivo da FIFA, se ofereceram para “vender” os seus votos em troca de financiamento de projetos comunitários.
Apesar de ter pedido aos membros do Comité Executivo que não comentassem o assunto, Blatter não fez qualquer referência à hipótese de a reunião de 02 de Dezembro, em Zurique, para escolher os organizadores dos Mundiais de 2018 e 2022, ser adiada.
No entanto, Chuck Blazer, o membro norte-americano do Comité Executivo, afirmou não ver razões para ser adiada a reunião, na qual Portugal fica a saber se organiza, ou não, o Mundial de 2018, em conjunto com a Espanha.
“Devemos resolver isto no tempo fixado. Queremos manter os assuntos separados e é importante concluirmos a decisão quanto aos campeonatos do Mundo. Não há razão para não o fazermos. A investigação pode ser feita já”, explicou.
O Sunday Times publicou hoje uma notícia com o título “Mundial: votos à venda”, segundo a qual Amos Adamu, membro nigeriano do Comité Executivo da FIFA, pediu 570 000 euros para apoiar uma candidatura.
O jornal filmou um encontro do dirigente nigeriano com jornalistas, que se apresentaram como apoiantes de um consórcio americano, no qual Adamu deu a “garantia” de votar na candidatura dos Estados Unidos em troca daquela soma.
Reynald Temarii, do Tahiti, vice-presidente da FIFA e presidente da Confederação da Oceânia, terá, por seu turno, pedido 1,6 milhões de euros para uma academia de desportos e afirmado que dois candidatos à organização do Mundial já ofereceram dinheiro à Oceânia para obter o seu voto.
A FIFA precisou, em comunicado, que pediu ao jornal para ter acesso aos elementos que permitiram publicar o artigo em questão e que abriu o seu próprio inquérito.
A notícia surge na semana em que os Estados Unidos renunciaram à candidatura para a organização do Mundial de 2018, a fim de se concentrarem apenas na edição de 2022.
À corrida à organização do Mundial de 2018 mantém-se as candidaturas conjuntas de Portugal e de Espanha e da Bélgica e da Holanda, bem como as individuais de Inglaterra e da Rússia.
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