Luís Figo, Rui Costa e João Vieira Pinto, ícones da “geração de ouro”, são alguns dos futebolistas portugueses que se revelaram em fases finais do Campeonato do Mundo de sub-20, uma montra onde não apareceu Cristiano Ronaldo.

A geração do avançado do Real Madrid falhou a qualificação para a fase final, mas Ronaldo praticamente não integrou essa equipa das “quinas”, uma vez que foi “resgatado”, aos 18 anos, pelo brasileiro Luiz Felipe Scolari para a seleção principal, ainda a tempo do Euro2004.

Portugal, e consequentemente Ronaldo, esteve, assim, ausente da edição de 2003 e também da de 2005, quando o argentino Lionel Messi venceu o prémio para melhor jogador e foi o melhor marcador da competição, levando a Argentina ao “penta”.

A maior “estrela” do firmamento futebolístico luso atual nunca pisou este palco, onde Portugal se estreou em 1979, com uma equipa com Diamantino, Alberto Bastos Lopes, Quim e o guarda-redes Zé Beto, que atingiu os oitavos de final.

Portugal só voltaria uma década depois, para vencer, na Arábia Saudita, com João Vieira Pinto e suplentes como Fernando Couto e Paulo Sousa, mas também alguns jogadores que se afirmariam no futebol luso, como Folha, Jorge Couto, Paulo Madeira, Paulo Alves, Hélio e Abel Silva.

Dois anos depois, em 1991, Portugal surge com Figo, que viria a ser eleito o melhor jogador do Mundo em 2001, e outras pérolas, casos do repetente João Vieira Pinto, Emílio Peixe (Bola de Ouro da prova), Paulo Torres (Bola de Bronze), Rui Costa, Abel Xavier, Rui Bento, Jorge Costa, Capucho e Nelson.

Na procura do “tri”, na Austrália, em 1993, Portugal, sob o comando de Agostinho Oliveira, foi uma deceção. Três derrotas em outros tantos jogos e apenas um golo marcado, por uma geração que contava com Porfírio, Pedro Henriques, Litos e Andrade.

No Qatar, em 1995, Portugal, com Nelo Vingada no banco, voltou a brilhar, com o guarda-redes Quim, os defesas Beto e Mário Silva, os avançados Agostinho e Nuno Gomes, mas sobretudo Daniel Carvalho, vulgo Dani, um “génio” que se perdeu.

Em 1999, na Nigéria, Portugal mostrou jogadores como Simão Sabrosa, Hugo Leal, Marco Caneira, Luís Filipe, Neca, Filipe Anunciação e Ricardo Sousa, para, oito anos volvidos, “exibir” Rui Patrício e Fábio Coentrão, habituais titulares da seleção principal, mas também de outras “certezas” atuais, como Steven Vitória, Antunes, Pereirinha, Bruno Gama e Pelé.

Mais recentemente, em 2011, o selecionador Ilídio Vale promove uma “geração de prata”, com a chegada à final do Mundial de 2011, com o avançado Nelson Oliveira, só batido pelo brasileiro Henrique na disputa pelo melhor jogador da competição, e o guarda-redes Mika, que recebeu a “Luva de Ouro”, mais Roderick, Luís Martins, Nuno Reis, Danilo, Pelém, Caetano e Baldé.

A partir de 21 de junho, a seleção lusa, com Edgar Borges ao leme, vai disputar novamente um Mundial, com Tiago Ferreira, Tiago Ilori, André Gomes, João Mário, Bruma, Esgaio e companhia a tentarem entrar neste lote de notáveis.