A tarde na sede da FPF foi dedicada à audição das testemunhas arroladas por Carlos Queiroz e o seleccionador nacional revelou-se confiante de que o processo de averiguações vai trazer conclusões esclarecedoras.

“É uma tempestade num copo sem água”, começou por dizer Queiroz, adiantando que “as coisas estão a decorrer normalmente e há que aguardar o que sair no acórdão”.

“Não estou satisfeito e lamento estarmos a merecer a vossa atenção por razões erradas e que não são boas, mas espero que reconheçam que não é da minha responsabilidade o que está a acontecer e nem fui eu que motivei isto. Quando as coisas forem devidamente esclarecidas espero que as pessoas responsáveis sejam chamadas à atenção e que depois não venham dizer que tenho a imagem desgastada.”

Os jornalistas perguntaram a Carlos Queiroz se tinha tido oportunidade de falar com Luís Horta, director da Autoridade de Antidopagem, o seleccionador foi explicito:

“Não tive oportunidade de falar com as pessoas antes e não acho que haja agora razão para falar com pessoas que também não me deram oportunidade.”
Queiroz disse-se concentrado no trabalho enquanto seleccionador e voltou a frisar que tem o apoio da direcção da FPF.

“Tenho a convicção de que tenho o apoio de toda a direcção e presidente. Este não é um processo levantado pela federação, mas pela ADOP.”

A terminar, revelou-se preparado para dar o peito às balas:

“Se tiver responsabilidade não fujo a elas, mas se não tiver que os outros também não fujam.”