Fernando Santos anunciou esta sexta-feira a convocatória para os dois jogos amigáveis da Seleção Nacional frente a Arábia Saudita e Estados Unidos da América, e destacou a importância dos encontros particulares para dotar a formação portuguesa de outros atributos perante estilos de futebol muito diferentes.

Em declarações no Auditória da Cidade do Futebol, o selecionador nacional destacou ainda a importância da componente solidária destes jogos para as famílias das vítimas do incêndios, mas vincou também que estes encontros vão ser de extrema importância para a fase final do Mundial'2018.

"A convocatória segue uma linha que temos traçado há muito tempo. Fizemos uma análise a vários jogadores e tal como no campeonato da Europa procurámos manter o foco total naquilo que são os jogos de preparação, que são muito importantes para nós. Em relação à componente solidária destes jogos, tenho de dar os parabéns à FPF e às televisões que vão transmitir os jogos pela iniciativa, mas sem perder o foco daquilo que são os jogos", começou por dizer Fernando Santos.

"Portugal não vai jogar estes jogos só no aspecto solidário, mas não podemos tornar isto numa espécie de uma festa pois penso que o futebol tem demostrado sempre uma grande solidariedade neste tipo de acontecimentos e há que encarar estes jogos muito atenção do ponto de vista competitivo", acrescentou Fernando Santos.

Questionado sobre as várias ausências na convocatória para os jogos com a Arábia Saudita e Estados Unidos, Fernando Santos reforçou a ideia de trabalhar com vários jogadores de características de diferentes de forma a ter um leque mais alargado, tendo em conta as lesões de alguns atletas que iam ser chamados.

"Alguns é por pura gestão, outros por impedimento físico como por exemplo William Carvalho, André Gomes ou Renato Sanches. Outros ainda ponderamos mas tivemos em atenção o tempo de paragem como o Raphael Guerreiro e Nani, e claro a situação do Adrien Silva no Leicester. Mas a seleção é um grupo muito aberto e compete-nos fazer uma análise alargada para que no próximo ano possa fazer uma lista compacta dos convocados para o Mundial", disse o técnico português.

"Escolhemos estes adversários por serem de continentes diferentes e que praticam futebol a que não estamos sujeitos com regularidade e resolvemos que esta seria uma boa data para avaliar outro tipo de futebol, até porque podemos encontrar este tipo de seleções no campeonato do mundo, especialmente do futebol asiático", destacou Fernando Santos sobre a escolha dos adversários.

Em relação à escolha de Moscovo para local do estágio da selecão, Fernando Santos frisou que houve várias componentes decisivas para a opção pela capital russa.

"Foi uma escolha muito ponderada à semelhança do que aconteceu com o Euro'2016 como por exemplo as deslocações, que é fundamental numa competição tão curta onde o descanso é fundamental e tendo esta possibilidade de ter um campo de treino dentro das instalações que praticamente é sair do treino diretamente para o hotel optámos por Moscovo, que estando a duas horas do aeroporto porque o trânsito de moscovo é muito complicado", sentenciou Fernando Santos.