A FIFA “accionou” o Comité de Emergência para agir quase na hora caso a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) não aprove a 19 de Março, em Assembleia Geral, a adequação dos estatutos ao novo regime jurídico das federações desportivas.

Fonte do organismo tinha revelado à Agência Lusa, logo depois da reunião de quinta-feira do Comité Executivo, em Zurique, que, caso não sejam aprovados os novos estatutos na próxima reunião magna da FPF «o Comité de Associações entregará o dossier ao Comité de Emergência para possíveis sanções, incluindo a suspensão da federação».

Na carta enviada pela FIFA à FPF, quinta-feira, o organismo é claro: «Se a FPF for suspensa, isso quer dizer que nenhuma equipa portuguesa (incluindo clubes) poderá ter qualquer contacto internacional (...)».

«Para além disso, nem a FPF ou nenhum dos seus membros poderá beneficiar de programas de desenvolvimento, curso ou treino da FIFA ou UEFA enquanto se mantiver a suspensão», frisou o organismo na mesma missiva, a que a Lusa teve acesso.

O Comité de Emergência é presidido, tal como o Comité Executivo, por Joseph Blatter, e constituído por outros seis “vices”. Neste atual mandato de quatro anos, completam o comité Issa Hayatou (CAF), Jack Warner (CONCACAF), Michel Platini (UEFA), Nicolas Leoz (CONMEBOL) e David Chung (OFC).

Como determinam os estatutos, qualquer reunião deste comité deve ser convocada pelo presidente e todas as decisões têm “efeito legal imediato”, sendo enviadas ao Comité Executivo, que terá de ratificá-las na próxima reunião ordinária.