A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) alterou hoje as normas e instruções para árbitros e clubes devido à entrada em vigor do decreto-lei 216/2012, que retira a obrigatoriedade de policiamento em competições de escalões juvenis e inferiores.

O organismo que tutela o futebol português anunciou também a criação de um gabinete de segurança destinado a recolher e publicar os dados estatísticos relativos à violência ocorrida nos jogos das suas competições.

O decreto-lei 216/2012, que entra em vigor sexta-feira, prevê que «nos espetáculos referentes a competições de escalões juvenis e inferiores, quando realizadas em recinto, em regra, não deve ter lugar o policiamento».

O documento acrescenta que caso o policiamento seja requerido, «de forma justificada», os encargos são «suportados pelos respetivos promotores».

A FPF recomenda aos clubes visitados que comuniquem às forças policiais a data e hora do jogo para que possam «ser efetuadas rondas policiais ao local do jogo» e que nomeiem uma equipa de segurança.

A referida equipa, liderada pelo responsável de segurança do clube visitado, deverá apoiar a equipa de arbitragem e preencher «no final de cada jogo, um relatório com os factos ocorridos independentemente do seu grau de gravidade e entregá-lo à equipa de arbitragem».

Aos árbitros, a FPF aconselha uma estreita colaboração com o responsável de segurança do clube, antes, durante e após o encontro.

A Associação de Futebol de Lisboa (AFL) está contra o fim do policiamento obrigatório em jogos de iniciados e juvenis e decidiu suspender os campeonatos jovens, promovendo ações de protesto para as próximas três semanas.

A AFL pretende que o assunto seja alvo de uma ampla discussão e defende que as novas regras só deveriam ser aplicadas na próxima época, em 2013/2014.