A Federação Portuguesa Portuguesa de Futebol alcançou o maior lucro de sempre na época 2017/18, no valor de 7,056 milhões de euros, um valor bastante acima dos 68,5 mil euros orçamentados. O valor é praticamente o dobro do obtido na época passada (3,7 ME).

No Relatório e Contas que vai ser submetido a votação em Assembleia Geral no próximo dia 29, é explicado que este montante deve-se em grande parte aos 3,9 ME da mais-valia decorrente da venda da antiga sede federativa, na Rua Alexandre Herculano, em Lisboa. O prémio de 12,6 ME pela chegada aos oitavos de final no Mundial2018 [o orçamento previa 8,4 ME com a presença] e ao aumento das receitas com jogos sociais e apostas desportivas e da atividade comercial da FPF também explicam estes lucros.

Os direitos de transmissão, publicidade e patrocínios renderam 25,6 milhões de euros, o que mostra bem a valorização da marca Seleção. Para se ter uma ideia, em 2012, valores não atingiam os 3,5 milhões de euros. A centralização dos direitos TV pela UEFA e uma estratégia direta em relação aos patrocinadores explica este aumento.

Já os jogos sociais e as apostas desportivas foram responsáveis por 16,7 milhões de euros das receitas.

O resultado líquido alcançado em 2017/18 de 7,056 ME é praticamente o dobro do obtido na época passada (3,7 ME), no qual era incluída a participação até aos quartos de final do Euro2016.

O total de gastos da Federação Portuguesa de Futebol ascendeu aos 68,951 milhões, o que dá um resultado positivo 7,056 milhões. A atividade das seleções encabeça os gastos, com 20,2 ME, dos quais 13,6 na seleção principal, acima dos 2,5 nas seleções jovens, dos 2,2 nas femininas e nos 1,7 nas de futsal e futebol de praia. Seguem-se, igualmente na despesa, as rubricas com as atividades desportivas nacionais (12,4 ME), os gastos com pessoal (6,7 ME) e com prestadores de serviços (5,5 ME).

Os 7,056 milhões de lucro serão usados na construção da unidade de alojamento (3,9 M€), no apoio ao futebol não profissional (1,4), no programa Crescer 2020 (900 mil euros), na modernização administrativa dos sócios da FPF (700 mil) e nos fundos patrimoniais (104 mil).

O resultado líquido alcançado em 2017/18 de 7,056 ME é praticamente o dobro do obtido na época passada (3,7 ME).

*Artigo atualizado