O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) incentivou o agendamento na Assembleia-Geral (AG) de um voto de censura contra si, solicitado por sete delegados, apesar de alguns pedidos terem sido entregues fora de prazo.

Fonte ligada ao processo disse hoje à agência Lusa que sete delegados à AG federativa solicitaram ao presidente da Mesa da AG federativa, José Luís Arnaut, a inclusão de um ponto de “protesto” na reunião magna extraordinária de 12 de maio, por discordarem do “chumbo” da FPF ao alargamento da Liga, de 16 par a18 clubes, sem descidas de divisão.

A mesma fonte acrescentou que algumas das missivas foram remetidas após o prazo estatutariamente concedido aos delegados para «alterações, emendas ou aditamentos às propostas da ordem de trabalhos», que devem ser feitas «no prazo máximo de cinco dias contados da data da convocatória», mas o presidente da FPF, Fernando Gomes, insistiu que o assunto fosse discutido.

Na quinta-feira, o autodenominado “Movimento de Clubes de Fátima” revelou em comunicado a intenção de solicitar um voto de censura a Fernando Gomes, acusando o presidente federativo de ter uma conduta «inaceitável» e «censurável», apesar de este «protesto» não ter qualquer efeito prático, nem estar previsto nos Estatutos da FPF.

Belenenses e Santa Clara, que constavam entre os 20 clubes que alegadamente subscreviam este “voto”, já se demarcaram do movimento, que diz ainda ter solicitado à Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) a marcação de uma AG extraordinária para discutir a reação à posição da FPF quanto ao alargamento da Liga.

O mesmo comunicado referia ainda que os subscritores estariam «disponíveis para votar favoravelmente uma proposta que vise a paragem dos campeonatos profissionais até que a FPF aceite as decisões democraticamente tomadas pelos órgãos da LPFP».