O selecionador português de futebol de sub-17, Hélio Sousa, destacou hoje o “pragmatismo” da equipa na vitória por 2-0 sobre a Holanda, que valeu a qualificação pela sétima vez para a final do Campeonato da Europa da categoria. “Fomos muito pragmáticos em alguns aspetos do jogo, conseguimos estar na frente do resultado, segurar e até dilatar [a vantagem] e conseguir mais uma vitória, que era o nosso objetivo”, disse Hélio Sousa, em declarações divulgadas pela assessoria de comunicação da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).

Para o treinador, os jogadores da equipa lusa demonstraram em Baku “qualidade, empenho e entrega extraordinários”, voltando a colocar Portugal na final do torneio, 13 anos após a última presença, em 2003, ano em que conquistou o último dos seus cinco títulos (1989, 1995, 1996, 2000 e 2003). “Sabemos que não podemos errar e temos de continuar a entregar tudo o que entregámos anteriormente para estar muito perto de vencer novamente e voltámos a consegui-lo, com exigências diferentes, dificuldades diferentes criadas pelo adversário”, observou Hélio Sousa.

O selecionador nacional recusou qualquer preferência para o jogo decisivo, lançando o repto a Alemanha e Espanha, os opositores possíveis no sábado na capital do Azerbaijão, que se defrontam também hoje: “Estamos lá e agora eles que se esforcem para se baterem connosco”.

O ponta-de-lança José Gomes, que inaugurou o marcador aos 25 minutos e reforçou a liderança dos melhores marcadores, com sete golos, e o defesa Diogo Dalot, autor do segundo tento, aos 56, foram hoje os principais responsáveis pelo êxito da seleção portuguesa.

O guarda-redes Diogo Costa, que terminou o quinto jogo consecutivo no torneio sem sofrer golos, atribuiu à “união da equipa” o facto de não sofrer golos há 400 minutos, considerando que Portugal fez “uma grande exibição” frente à Holanda. “Sabíamos o que queríamos e demos tudo para que corresse bem. Temos a vontade de fazer história e vamos fazer tudo para sermos campeões”, assegurou Diogo Costa, objetivo partilhado pelo médio Florentino, que lembrou que “as finais são para ganhar”.