A Cidade do Futebol, que será hoje inaugurada, é o concretizar de uma ambição federativa com mais de uma década e servirá de polo agregador das seleções nacionais e da própria Federação Portuguesa de Futebol (FPF).

O espaço, situado nos terrenos entre o Estádio Nacional e a prisão de Caxias, vai receber todas as equipas nacionais de futebol, que, nos últimos anos, dividiram o trabalho de preparação por vários complexos desportivos do país, como são os exemplos de Rio Maior e Óbidos, ou, mais recentemente, no Estádio do Restelo, em Lisboa.

De resto, a Cidade do Futebol, que teve um custo de 15 milhões de euros, já irá acolher a preparação da seleção principal para o Euro2016, que se disputa em França, entre 10 de junho e 10 de julho.

O centro logístico e de treinos inclui todas as condições necessárias à preparação de uma equipa, com três campos relvados e outro meio para treino específico de guarda-redes, além de uma bancada para 300 pessoas, 11 balneários, dois ginásios, unidade de saúde e performance, centro de imprensa ou farmácia.

Por outro lado, a Cidade do Futebol vai albergar igualmente a nova sede da FPF, estando previsto que os serviços federativos se mudem definitivamente aquele espaço em meados de abril, deixando, assim, o edifício na Rua Alexandre Herculano, em Lisboa.

"É uma infraestrutura montada com base no conhecimento adquirido com o Euro2004, mas também com os centros de treino e academias dos grandes clubes nacionais e estrangeiros, onde recolhemos soluções e opiniões, que adaptámos à criação da Cidade do Futebol", afirmou o coordenador geral da obra, António Laranjo.

Por seu lado, o diretor da Cidade do Futebol, Daniel Ribeiro, referiu que o objetivo desta obra passa por "oferecer as melhores condições possíveis às seleções", tendo destacado "a qualidade dos relvados, das infraestruturas desportivas e administrativas".

A inauguração da Cidade do Futebol está marcada para quinta-feira, numa cerimónia que contará com as presenças do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, do Primeiro-Ministro, António Costa, entre outras personalidades de Estado e de grupos parlamentares.

A FPF convidou ainda antigos presidentes do organismo, os seus sócios ordinários, antigos selecionadores e ex-jogadores internacionais, bem como presidentes dos clubes das competições nacionais de futebol e futsal, representantes dos seus patrocinadores e das forças de segurança.

A entidade convidou também o Comité Olímpico de Portugal, o Instituto Português do Desporto e Juventude, a Confederação do Desporto Portugal, a Sociedade de Reitores das Universidades Portuguesas e a Sociedade Portuguesa de Medicina Desportiva, além de representantes de FIFA, UEFA e das empresas envolvidas na obra.