O impasse na Federação Portuguesa de Futebol (FPF) na adequação dos estatutos ao novo Regime Jurídico das Federações Desportivas é um dos temas a discutir na terça-feira pelo Comité das Associações da FIFA, confirmou o organismo à Lusa.
Fonte da FIFA adiantou que “a situação continua a ser acompanhada” pelo organismo e “será remetida para análise na próxima reunião do Comité das Associações, a 01 de Março”.
Sobre as consequências desta reunião de terça-feira, a mesma fonte preferiu evitar “especulações sobre eventuais decisões”, embora uma das hipóteses seja reencaminhar a situação para o Comité Executivo.
Caso o actual impasse na FPF seja entregue ao Comité Executivo, este órgão da FIFA poderá, em última instância, suspender a filiada portuguesa, uma decisão com implicações a todas as selecções e clubes portugueses nas provas internacionais.
A falta de adequação dos estatutos da FPF ao Regime Jurídico das Federações Desportivas – a última proposta foi chumbada na Assembleia-Geral da federação de 29 de Janeiro -, já levou o Governo a suspender o estatuto de Utilidade Pública Desportiva do organismo.
Em carta conjunta enviada à FPF, FIFA e UEFA, que aprovam a adequação dos estatutos, recusaram reunir-se com as associações distritais com vista a esclarecer aquelas associadas do organismo português.
FIFA e UEFA lembraram na missiva que têm mantido “um diálogo constante nos últimos dois anos” com a FPF e reafirmam que “a actual legislação portuguesa não conflitua com nenhuma das regras ou princípios da UEFA e da FIFA”.
A carta surgiu como resposta a uma solicitação da FPF, depois de o presidente federativo, Gilberto Madail, ter aceitado o pedido de Júlio Vieira, porta-voz das associações distritais, para ser ouvido pela UEFA e FIFA para esclarecimento de “dúvidas quanto à limitação de mandatos, ao método de Hondt e à representatividade” previstos no regime jurídico e propostos no projecto de estatutos.
“Atendendo a que a FIFA e a UEFA se relacionam com os seus associados e não com membros daqueles, a FIFA e a UEFA consideram que não existe necessidade de se reunir com algumas associações distritais da FPF”, explicavam na carta.
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