O presidente da Comissão Delegada das Associações e Regionais de Futebol (CDARF) lamentou hoje a «via repressiva» escolhida pelo secretário de Estado do Desporto para «pressionar o movimento associativo» a adequar os estatutos ao novo Regime Jurídico das Federações Desportivas.
A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) viu hoje «suspensos todos os apoios financeiros resultantes de contratos-programa», por despacho publicado em Diário da República, o que, para Júlio Vieira, «é apenas uma forma de pressão igual às outras».
«Já sabíamos que isto ia acontecer, não é novidade. Já tinha sido anunciado pelo senhor Secretário de Estado [Laurentino Dias] que isto ia acontecer», disse hoje o presidente da CDARF.
Para Júlio Vieira, «estas formas de pressão são cada vez mais gravosas para a actividade normal da FPF e das associações», mas «não é pela via repressiva que se consegue chegar a um entendimento sobre questões tão importantes para o movimento associativo», a adequação dos estatutos ao novo Regime Jurídico das Federações Desportivas.
O presidente da CDARF lamenta que, «infelizmente, o Secretário de Estado da Juventude e do Desporto não tenha percebido que não é assim que se vai conseguir um entendimento».
Na sequência do despacho publicado hoje em Diário da República, que confirma a suspensão do estatuto de utilidade pública, a FPF vai deixar de receber apoios ao alto rendimento, às selecções nacionais e à realização de eventos desportivos.
O agravamento das medidas foi determinado por Laurentino Dias, por a FPF não ter ainda adequado os seus estatutos ao novo Regime Jurídico das Federações Desportivas.
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