O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Gilberto Madaíl, apelou hoje novamente à «responsabilidade» e «bom senso» dos sócios ordinários para a necessidade de aprovar a adaptação estatutária ao Regime Jurídico das Federações Desportivas (RJFD).

«Se a situação se mantiver, deixamos de poder organizar selecções e deixamos de representar Portugal. Pergunto o que acontece aos nossos jogadores, aos nossos árbitros, aos nossos clubes e ao nosso orgulho português?», questionou Madaíl.

O presidente da FPF reiterou que “a FIFA, a UEFA, o Estado, o Ministério Público (MP) e os clubes aguardam o resultado desta AG”, assinalando a «urgência do documento ser aprovado» no plenário que decorre na sede da FPF, em Lisboa.

«Para podermos continuar a existir, tal qual como existimos, temo de cumprir a lei. Não fui eu que pedi a lei e admito que haja pormenores caricatos», referiu o presidente federativo, recordando que, em caso de novo chumbo, a FPF teria «o MP à porta».

Gilberto Madaíl afirmou que a suspensão parcial do Estatuto de Utilidade Pública Desportiva representa uma «perda não recuperável de cerca de quatro milhões de euros» e que a inadequação significaria que «dezenas de milhões de euros que se vão perder», especialmente em patrocínios.

Caso esta alteração estatutária reprove novamente, Madaíl garantiu que desiste «à boca das urnas» da eleição para o Comité Executivo da UEFA, para o período 2011-2015.

«Acho que estamos hoje numa assembleia muito importante, espero bem que, no final, a federação regresse à normalidade. Desde o início procurei obter consenso», sublinhou.

Antes da intervenção do presidente federativo, os sócios discutiram o método de votação do documento na generalidade, se “em bloco”, defendida pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional, ou “artigo por artigo”, solicitada pela Associação de Futebol de Braga.

Perante este impasse, o presidente do Sindicato de Jogadores Profissionais de Futebol, Joaquim Evangelista, pediu a substituição do presidente da Mesa da AG, Avelino Ribeiro, pelo vice-presidente Carlos Moura Alves, recordando que «a última reunião correu tão bem». Solicitação que não foi acolhida e não mereceu resposta de Avelino Ribeiro.