Na estreia de Fernando Santos no banco de suplentes, a seleção portuguesa perdeu por 2-1 frente à França, em jogo amigável disputado no Stade de France este sábado.

O onze que o selecionador apresentou em campo foi bem diferente daquele a que estávamos habituados. Saltou à vista os novo laterais (Cédric que finalmente somou uma internacionalização, e Eliseu voltou a jogar pela seleção passados exatamente três anos), a inclusão de Tiago e André Gomes no meio-campo, e Danny como vértice mais avançado do losango.

Desta forma, a seleção abdicou do seu habitual 4x3x3 com Paulo Bento, para testar um 4x4x2, com Nani e Ronaldo como os homens mais avançados e de maior mobilidade.

Novos modelos e novas dinâmicas exigem tempo para ser implementadas, coisa que Portugal não tem dados os compromissos de apuramento para o Euro 2016. Nesse sentido, este jogo amigável acabou por ser um bom primeiro teste face à qualidade do adversário, e por não valer pontos.

De nada vale escamotear um resultado que por si só foi negativo, mas há que desvalorizá-lo dadas as mudanças que estão em curso. Nos primeiros minutos, Portugal demorou a acertar as marcações e o golo madrugador de Benzema não ajudou logo aos dois minutos.

Os laterais mostraram-se demasiado permeáveis, não apenas por culpa de Cédric e Eliseu, mas também pela falta de intreajuda dos elementos do meio-campo que não faziam as dobras necessárias aquando da subida de Evra e Sagna no apoio aos extremos. As constantes variações de flanco dos franceses desequilibraram por diversas vezes a defesa lusa, e a cada cruzamento mais perigoso foi valendo Pepe no centro da defesa a mostrar um oportuno sentido posicional, melhor que Bruno Alves.

A seleção foi tentando equilibrar o jogo com Danny e Nani a tentarem a sua sorte perante o guarda-redes Mandanda, mas a transição defesa-ataque apresentava debilidades. André Gomes parecia algo perdido, e Tiago não era o médio defensivo que a equipa necessitava em determinados momentos.

Foi sem surpresas que com a chegada do intervalo e a desvantagem na primeira parte, o selecionador Fernando Santos optasse pela saída de André Gomes e a entrada de William Carvalho para o vértice mais recuado do terreno, subindo então um pouco mais Tiago de 6 para 8. Bruno Alves também saiu para do regresso de Ricardo Carvalho.

A seleção portuguesa passou a atravessar o seu melhor momento, e a equilibrar definitivamente o encontro. E Ronaldo só não marcou à passagem dos 51 minutos porque Mandanda fez uma grande defesa a cabeceamento do internacional português. Portugal tinha mais posse de bola, e tornava-se cada vez mais perigoso, pois as bolas chegavam com mais frequência aos homens da frente.

E foi, por isso, contra a corrente de jogo que a equipa da casa fez o 2-0 por Pogba (68').

O encontro não estava perdido e Portugal demonstrou-o com unidades mais frescas na frente de ataque. João Mário, que se estreou na seleção e viu esse momento ser abençoado pela sua troca com Ronaldo, ainda mal tinha tocado na bola e já estava no chão por falta dentro da área cometida por Pogba. Sem Ronaldo em campo, foi Quaresma que se encarregou de agarrar na bola e fazer o 2-1 no encontro que marcou o seu regresso à seleção.

Houve ainda vontade para procurar o empate, mas a França soube fazer correr o relógio a seu favor e selou mais um triunfo sobre a equipa das quinas, que não vence este adversário desde 1975.

Na estreia de Fernando Santos, mais do que a derrota valeu a experiência de um novo modelo de jogo que poderá repetir-se já no encontro com a Dinamarca, num jogo a doer, esta terça-feira.

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