O selecionador português de futebol, Fernando Santos, admitiu hoje que pouco pode prever sobre a forma como a Holanda se vai apresentar no embate de segunda-feira em Genebra, uma vez que a chegada de Ronald Koeman mudou a equipa.

"Tem havido grandes embates Portugal-Holanda, dois grandes mundiais, não só em termos de seleção, mas também de clubes. Neste momento a Holanda está em fase de transformação, com treinador novo, jogo e opções estratégicas diferentes. Se falássemos há um/dois meses, seria mais fácil. Perante o novo cenário, não sabemos bem o que esperar. Certamente que vai ser um grande jogo, pois Holanda é equipa de altíssimo nível", resumiu.

O treinador observou a derrota da Holanda com a Inglaterra (1-0), mas admite que não está "no pensamento" de Ronald Koeman, pelo que não sabe se o holandês “vai consolidar esta forma de jogar - inicialmente em 3x4x3 e nos últimos 20 minutos em 4x3x3 - ou se experimenta outra alternativa”.

"Preparámo-nos o possível na análise ao adversário e procurámos alertar os nossos jogadores para esse conhecimento", completou.

O técnico recorda que, mesmo não estando apurada para o Mundial2018, depois de falhar o Euro2016, ganho por Portugal, a Holanda continua a ser uma potência mundial.

"Não tem o Robben e o Schneider, mas tem uma série de grandes jogadores. Como não vão estar no Mundial, a ideia será preparar já o futuro, pelo que é normal que não sejam iguais ao passado", opinou.

Fernando Santos escusou-se a comentar o declínio de resultados da seleção ‘laranja’ - de semifinalista no Mundial2014 no Brasil, falhou o apuramento par ao Euro2016 e Mundial2018 -, admitindo apenas "um pouco de estranheza, obviamente".

"Continua uma equipa com boa qualidade individual, muito forte no espaço aéreo e que seguramente nos vai criar muitas dificuldades. Que a nossa equipa dê boa resposta perante este adversário fortíssimo. É isso que espero", vincou.

Fernando Santos elogiou ainda o desempenho de Bas Dost nas duas épocas em que tem representando o Sporting, escusando-se a analisar o porquê de não ter o mesmo rendimento na seleção, desvalorizando a capacidade atlética do adversário.

"Isso devem perguntar-lhe a ele. Portugal não se vai preocupar com qualquer jogador especial. Eles têm muitos da altura do Bas Dost, pelo que não faz sentido", conclui.