Em declarações à agência Lusa, o técnico do Al-Sharjah (Emirados Árabes Unidos) admitiu que “esperava mais da participação portuguesa” no Mundial2010.

Quanto ao seleccionador Carlos Queiroz, que pode estar de saída da Federação Portuguesa de Futebol, Cajuda, de 59 anos, disse não ter dúvidas quando à sua competência, “mas isso não invalida que se tenham cometido erros em demasia”.

“Talvez a liderança não tenha sido tão forte ao ponto de bloquear algumas situações. Uma liderança mais forte evitaria, por exemplo, os comentários públicos de alguns jogadores. O Deco falou uma hora e meia depois de ter sido substituído, não falou a quente…”, notou.

Confrontado com a possibilidade de assumir o cargo de seleccionador nacional, respondeu: “claro que gostaria e mantenho o sonho. Tornou-se a ideia de que só os grandes cérebros que vêm da faculdade é que poderiam chegar ao topo, mas não me recordo de ver o seleccionador de Espanha carregado de livros a caminho da universidade, o Jesus também foi campeão”.

“Não basta ser um bom professor da universidade para ser um bom treinador, não é treinador quem quer, temos que ter vocação. O teórico tem o lado científico, mas quando entra dentro da realidade do futebol quase sempre é triturado. Entrar num balneário é, muitas vezes, como entrar num ninho de víboras. Não ter estofo e argumentos é meio caminho andado para encontrar o fracasso. Eu entro num balneário como quem vai escovar os dentes”, afirmou.

Manuel Cajuda, que está com a sua equipa a estagiar em Braga até 5 de Agosto, assegurou ainda que, consigo na selecção, Cristiano Ronaldo continuaria com a braçadeira de capitão e defendeu mesmo um maior protagonismo do jogador do Real Madrid na equipa das quinas.

“Será que não podíamos fazer uma selecção para o Ronaldo? Ele não é igual aos outros, os outros sabem disso, por alguma coisa ele foi o melhor jogador do Mundo. Com parâmetros bem definidos, com regras bem aceites e delineadas a favor do grupo, será futuramente um melhor capitão do que foi até agora, pelo que, comigo a seleccionador, ele seria o capitão, de certeza absoluta”, frisou.

Sobre o facto de nunca ter treinado nenhum dos três "grandes” de Portugal, Sporting, FC Porto ou Benfica, disse que essa foi uma “opção” sua, já que teve alguns convites para que isso acontecesse.

“Ninguém sabe se daqui a uns tempos vou substituir um deles, oxalá que não para a sua carreira. Nunca cheguei lá por isto ou por aquilo, as pessoas optaram por outras situações, mas não foi seguramente por não ter mérito, porque nenhum [dos actuais técnicos dos 'grandes'] tinha o meu currículo antes de chegar lá”, acrescentou.

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