A seleção portuguesa de futebol já somou três triunfos por 8-0 e outros tantos por 7-0, mas os 7-1 à Rússia, em 2004, constituem, sem dúvida, a maior goleada de sempre frente a um adversário “a sério”.
A 31 de outubro de 2004, quatro dias após um confrangedor empate a dois golos no Liechtenstein, o “onze” de Luiz Felipe Scolari passou do “8 ao 80”, com uma memorável exibição face aos russos, então os principais adversários na corrida ao Mundial2006.
Perante um conjunto que havia batido por 2-0 no Euro2004, num embate disputado na Luz, Portugal resolveu tudo na primeira parte, que concluiu a vencer por 3-0, com golos de Pauleta, Cristiano Ronaldo, o melhor em campo, e Deco.
Após o intervalo, o agora jogador do Real Madrid “bisou”, Andrei Arshavin ainda reduziu, mas, nos últimos 10 minutos, Portugal marcou mais três golos, um apontado por Simão e dois por Petit, que havia entrado apenas aos 73 minutos.
Num Estádio de Alvalade a “meio gás”, num ambiente bem diferente do que se havia vivido em todos os jogos do Euro2004, Portugal adiantou-se no marcador apenas aos 26 minutos, quando Pauleta desviou um centro da direita de Cristiano Ronaldo.
A Rússia respondeu e teve duas boas ocasiões para empatar, mas não o conseguiu e, ainda na primeira metade, Ronaldo marcou, servido por Pauleta, após um canto, e Deco apontou um grande golo, com um remate de fora da área ao ângulo inferior esquerdo.
O momento do jogo estava reservado para os 69 minutos, quando Cristiano Ronaldo “cavalgou” imparável para as imediações da área russa, até se resolver por um poderoso remate, que entrou junto ao ângulo superior esquerdo da baliza de um impotente Malafeev.
Aos 79 minutos, Arshavin, também com um remate de fora da área, ainda reduziu, mas a goleada foi reposta na parte final, com um remate de Simão à entrada da área e dois de bem longe de Petit, o segundo de livre direto, já aos 90+3.
Com uma exibição de gala, estava escrita a maior goleada de sempre frente a um adversário a “sério”, depois de dois 8-0 ao Liechtenstein e um ao Kuwait, de um 7-0 no Liechtenstein e outro ao Azerbaijão. Em 2010, na fase final do Mundial, colecionaria um terceiro 7-0, à Coreia do Norte.
De início, “Felipão” fez alinhar Miguel, Ricardo Carvalho, Jorge Andrade e Paulo Ferreira, à frente de Ricardo, um meio-campo com Costinha, Maniche e Deco e os extremos Cristiano Ronaldo e Simão no apoio ao ponta de lança Pauleta.
Na segunda parte, entraram, além de Petit, o extremo Luís Boa Morte e o avançado Nuno Gomes, enquanto Quim, Caneira, Tiago e Hélder Postiga não saíram do banco. Jorge Ribeiro, que havia sido titular no Liechtenstein, ficou fora dos 18 eleitos.
A formação das “quinas” viria a selar o apuramento para o Mundial de 2006 no penúltimo encontro de apuramento, ao receber e bater o Liechtenstein por 2-1, em Aveiro, com tentos de Pauleta e Nuno Gomes.
Na Alemanha, Portugal chegaria, como em 1966, às meias-finais, fase em que caiu por 1-0 face à França, vencedora graças a uma grande penalidade concretizada por Zinedine Zidane. Depois, perderia por 3-1 o jogo do “bronze”, face aos anfitriões.
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