O seleccionador português de futebol, Paulo Bento, disse hoje que o foco da equipa está nos jogos particulares com o Chile e a Finlândia, recusando comentar as declarações do seu antecessor Carlos Queiroz.

Em conferência de imprensa, Paulo Bento afirmou que a selecção portuguesa está «numa fase extremamente importante» e que está concentrada nos dois jogos particulares e no dia 4 de Junho, em que Portugal defronta a Noruega, na qualificação para o Euro2012.

«A minha preocupação e o nosso objectivo é o dia 4 de Junho, aproveitando este jogo para nos prepararmos para isso, e não estarmos a falar de problemas que aconteceram noutro momento. Não tenho de comparar, nem falar de situações que se passaram na Federação Portuguesa de Futebol», afirmou.

Para Paulo Bento, o foco «tem de ser estes dois jogos particulares» e «tentar que os jogadores estejam o mais tranquilos possíveis», para que cheguem aos jogos «nas melhores condições».

«Se o ambiente que se vive à volta da selecção pode gerar alguma intranquilidade, aquilo que podemos fazer é lutar com a nossa determinação e com a qualidade dos jogadores para que possamos ganhar estes dois jogos. Cada um sinta o que deve fazer em relação à selecção nacional, a mim compete-me focar os jogadores», afiançou.

O seleccionador luso adiantou que privilegia «o trabalho e o bom relacionamento com os jogadores», garantindo que os jogadores estão a dar uma resposta «extraordinária».

«Não nos interessa nada mais do que isso. Estamos numa situação em que devemos olhar para um objectivo, o Euro2012. Pode haver momentos mais intranquilos. Mas nós temos de dar a maior tranquilidade», referiu.

O ex-seleccionador criticou hoje o defesa Pepe, que na véspera disse que Queiroz criava intranquilidade nos jogadores e deu a entender que o técnico seria responsável pela saída de alguns internacionais da selecção, como Simão, Tiago ou Deco.

«Ele que não se meta na minha vida quando sou pontapeado na minha dignidade moral a profissional, assim como eu não me meto na vida dele quando pontapeia selvaticamente colegas de profissão na cabeça», disse Queiroz, sublinhando que Pepe «é o único em Portugal que parece não ter compreendido» que o ex-seleccionador é «o único a defender o Liedson e os outros jogadores da selecção».