Lourenço Pinto vincou esta manhã, antes da entrada para a Assembleia Geral da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) que visa a adequação dos novos estatutos, a sua posição contrária à aprovação.
«Prognósticos só no fim, mas também tenho a ideia de que hoje sairá algo no sentido da adaptação estatutária. Continua a ter os mesmos vícios, mas as votações são democráticas. Se o tivermos é com ele que temos de viver», afirmou o presidente da Associação de Futebol do Porto, acrescentando: «Se um sócio de uma pessoa colectiva de direito privado votar de acordo com a sua consciência, que é contrária ao regime jurídico, é má pessoa; Se a pessoa usar o voto, não em liberdade e não em consciência, e votar a favor do regime jurídico não é seguramente boa pessoa.»
Questionado sobre os motivos que o levam a manter uma posição que já levou à suspensão do estatuto de utilidade pública da FPF, Lourenço Pinto reiterou a sua coerência: «Fui um homem que sempre entendi que esta peça não era defensável, que afecta princípios e desigualdades, e o meu voto em qualquer circunstância é coerente e seguramente contra. Por mim, este regime não passará.»
Por outro lado, o líder portuense refutou ainda a tese de que os clubes e as selecções correm o risco de ficar excluído das provas da UEFA e FIFA, levantada nas últimas semanas na imprensa.
«Será que eu tinha a consciência de que ia prejudicar o futebol português e permitir que os clubes ficassem fora das competições? Quando afirmo que não era possível, era porque tinha consciência de que não era juridicamente possível e de que nada disso foi deliberado pela UEFA e pela FIFA. Foi uma frase plasmada para sensibilizar a opinião pública e que colheu… Este problema nunca foi discutido nestas instâncias», concluiu.
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