Um “hat-trick” na Suécia permitiu a Cristiano Ronaldo igualar Pauleta na liderança dos melhores marcadores da história da seleção portuguesa, com 47 golos, e terá lançado, em definitivo, o futebolista luso para uma segunda “Bola de Ouro”.

Livre da oposição do lesionado Lionel Messi, “tetracampeão” em título, e com a ajuda da FIFA, que prolongou a votação até 29 de novembro, segundo o El Mundo Deportivo, o jogador do Real Madrid pode ter dado o passo decisivo rumo a repetir 2008, quando ajudou o Manchester United a chegar ao título europeu.

Com os quatro golos – três em Solna (3-2), depois de um na Luz (1-0) - que eliminaram os suecos e lhe permitiram vencer o duelo de “estrelas” com Zlatan Ibrahimovic, que “bisou”, Cristiano Ronaldo qualificou Portugal e passou a somar 66 tentos em 2013, em apenas 55 jogos.

O “capitão” da formação das “quinas” não tem títulos para apresentar, mas o que fez individualmente – mesmo sem chegar aos 91 tentos do argentino em 2012 - pode ser suficiente para suplantar o “Bota de Ouro” e campeão espanhol Messi e tudo o que o francês Franck Ribéry ganhou pelo Bayern Munique.

Para premiar a extraordinária época 2012/2013 dos bávaros, campeões europeus e alemães, o retirado Jupp Heyckes receberá, com toda a certeza, o prémio de treinador do ano, enquanto Ribéry poderá ter de contentar-se com o que já recebeu da UEFA.

Caso vença o prémio pela segunda vez, cinco anos depois, Cristiano Ronaldo tornar-se à o primeiro português a “bisar”, deixando para trás Eusébio (vencedor em 1965) e Figo (2000).

O jogador português soma 66 golos em 2013 e quase metade (32) foram apontados já na presente temporada, em apenas 22 encontros.

É verdade que não conseguiu marcar ao FC Barcelona e ao Atlético de Madrid, bem como a Israel e nos dois primeiros jogos da Liga espanhola (Bétis e Granada), mas, de resto, faturou sempre, incluindo oito tentos na “Champions”, em quatro jogos.

Pela seleção, contabiliza dois “hat-tricks” e um total de 10 golos em 2013, um novo máximo pessoal, já que nunca tinha ultrapassado os sete num ano, e, em 2013/2014, já atingiu os oito, ameaçando o seu máximo, de 11 (2011/2012).

O próximo tento de Cristiano Ronaldo, provavelmente num dos particulares de preparação para a prova que o Brasil irá acolher de 12 de junho a 13 de julho de 2014, isolá-lo-á no topo da lista, posição que há muito estava destinado a ocupar.

Se tem brilhado na seleção, contrariando as “teorias” de que não rendia com a camisola das “quinas”, ainda mais o tem feito ao serviço do Real Madrid, ao serviço do qual marcou em 56 ocasiões em 2013, em apenas 46 jogos.

Na presente temporada, o registo é de 24 tentos, em 17 jogos, estando cada vez mais perto de se tornar o melhor marcador da história dos “merengues”: a queda do recorde de Raul (323) é apenas uma questão de tempo - deverá cair na próxima temporada.