Costinha defende que a Rússia não vai tentar jogar de igual para igual com Portugal na sexta-feira, em jogo de apuramento ao Mundial 2014. Portugal recebe a formação russa e está obrigado a vencer para se manter na rota para o Brasil. Mas não terá tarefa fácil na Luz.
«É necessário Portugal fazer mais golos e, se possível, não encaixar nenhum. Saber também que a Rússia é uma seleção forte, que sabe que um empate deixa-os numa situação confortável mas que também sabe que quem joga para o empate, muitas vezes acaba por perder o jogo. Eles vão jogar na expetativa. Tem um treinador italiano, experiente, conhecedor daquilo que é o futebol moderno e das qualidades individuais de todos os jogadores portugueses» sublinha Costinha, que dá a "receita" para abater os russos.
«Único objetivo é a vitória, empate não serve, para equilibrar as contas no grupo. Portugal vai ter de ter paciência e saber que o jogo tanto se ganha no primeiro como no minuto noventa. Será preciso controlar a ansiedade que, por vezes, torna-se numa inimiga muito forte dos jogadores», sublinha o ex-internacional português.
Com o conforto da Rússia na liderança, sem qualquer golo sofrido, e a necessidade de pontos da seleção das quinas, o ex-jogador do FC Porto não tem dúvidas que estão lançados todos os ingredientes para se assistir a um bom jogo.
«Paulo Bento tem a estratégia bem estudada. Os jogadores estão conscientes da importância deste jogo porque todos eles querem estar num certame como o Mundial de futebol. Como tal, penso que vamos assistir a um belo jogo de futebol, com uma equipa portuguesa mais dominante e, com certeza, iremos ter uma vitória no final», desejou o antigo trinco da seleção portuguesa.
Para a tão desejada vitória, os lusos irão contar com o apoio de quase 65 mil espetadores na Luz, num ambiente que se prevê infernal para a formação russa. Costinha conta com esse apoio mas pede que sejam os jogadores a puxarem pelos adeptos.
«Portugal terá de ter paciência e não se deixar pressionar pelo público que, porventura, poderá estar impaciente com o resultado e exigir mais dos atletas. Será preciso paciência, interpretar o que o treinador pede e pôr em campo toda a qualidade coletiva. Nalguns momentos terão de ser os jogadores a puxarem pelo público porque muitas vezes esse mesmo público funciona como 12.º jogador, que galvaniza quem joga em casa e cria pressão em quem defende. Se Portugal fizer um jogo forte a nível individual, poderá aparecer um ou outro jogador que poderá resolver o jogo», vaticina Costinha.
Portugal é terceira no Grupo F com onze pontos em seis jogos, os mesmos que Israel. A Rússia lidera o grupo com 12 pontos mas com menos dois jogos realizados.
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