Franco Baresi, antigo capitão do AC Milan, lamentou hoje a morte de Cesare Maldini, “uma lenda do futebol italiano”, que perdeu “um grande homem e um grande campeão”.

Em declarações ao canal Sky Italia, Baresi, outro dos maiores símbolos dos ‘rossoneri’, sublinhou que Cesare Maldini, pai de Paolo Maldini, mais um antigo capitão do AC Milan, destacou que o ex-jogador e treinador “transmitiu sempre grandes valores”.

“Sempre houve um enorme afeto em torno de Cesare Maldini. Deixou-nos um grande homem e um grande campeão, quando jogou e quando treinou. Sempre teve uma enorme disponibilidade para todos e foi um grande exemplo”, destacou Baresi.

Mauro Tassoti, outra ‘bandeira’ do AC Milan, deixou também uma despedida emocionada a Cesare Maldini, de quem foi adjunto no clube milanês em 2001.

“Cesare [Maldini] tinha grandes valores. Influenciou várias gerações. Era muito humano e estava no futebol como estava no seio de uma família. Tive a honra de ser seu adjunto. É uma grande tristeza para a família do AC Milan e para o futebol”, lamentou Tassoti.

Como jogador, Cesare Maldini começou por vestir a camisola do Triestina, em 1952, seguindo-se o AC Milan, entre 1954 e 1966. Em 1967, ‘reformou-se’ com a camisola do Torino, que representou por uma temporada.

Com as ‘cores’ do AC Milan, sagrou-se por quatro vezes campeão de Itália e conquistou a Taça dos Campeões Europeus, em 1963, numa final contra o Benfica, que os italianos venceram por 2-1, em Wembley.

Depois de 'arrumar' as chuteiras, estreou-se como treinador no seu clube de sempre, em 1973. Seguiram-se as experiências no Foggia, Ternana e Parma, passando depois a orientar a seleção italiana de sub-21, entre 1986 e 1996, assumindo depois a seleção principal, até 1998.

Em 2001, Cesare Maldini voltou a passar pelo comando técnico do AC Milan, despedindo-se do futebol em 2002, ao serviço da seleção do Paraguai, que levou aos oitavos de final do Mundial de 2002.