O défice acumulado dos clubes italianos de futebol das primeiras quatro divisões sofreu na última época um agravamento de 23 por cento e é agora de 428 milhões de euros, de acordo com um relatório hoje entregue à federação.
As contas do “calcio” continuam no vermelho a uma temporada da implementação do “fair-play” financeiro defendido pelo presidente da UEFA, Michel Platini, e os sinais de alarme começaram já a soar na Federação Italiana de Futebol (FIGC).
O défice aumentou 80 milhões de euros em comparação com a temporada anterior (23 por cento), segundo os dados da empresa de auditoria Arel e PricewaterhouseCoopers (PwC) entregues à FIGC.
«Noutras atividades económicas, com tais números, podia-se falar de empresas à beira da falência», reagiu o ministro italiano dos desportos, Piero Gnudi.
O estudo anual publicado pela Gazzetta Dello Sport a 09 de março estima que só as perdas dos clubes da Série A, na época de 2010/11, rondam os cerca de 285 milhões de euros (ME).
Apenas 19 dos 107 clubes analisados nas primeiras quatro divisões do futebol italiano têm um saldo positivo e os três grandes do “calcio”, Juventus, Inter de Milão e AC Milan, agravaram as suas contas negativas.
De acordo com os números apresentados pelo jornal desportivo italiano, o défice da Juventus ronda os 94,4 milhões de euros, o do Inter 86,8 ME e o AC Milan 69,8 ME.
De entre os clubes italianos que apresentam uma gestão positiva encontram-se o Nápoles (4,2 ME), Udinese (2,9 ME) e Catânia (6,4 ME), cujos resultados são positivos pela quinta época consecutiva.