O futebol italiano registou novamente na última época um saldo financeiro negativo, mas abrandou o seu défice, revelou hoje o relatório da empresa de consultoria Price Waterhouse Cooper (PWC).

Segundo o relatório, o volume de negócios da temporada 2011/2012 foi de 2,7 mil milhões de euros, um aumento de 7% em relação à época anterior, mas o “cálcio” ainda regista um défice financeiro de 388 milhões de euros.

Para Emanuele Grasso, membro da PWC, trata-se de um problema estrutural, uma vez que a maior parte das receitas do futebol italiano provêm dos direitos televisivos (43%) e a menor percentagem das vendas de bilhetes nos estádios italianos (9%).

«Até 2007 os grandes clubes italianos rivalizavam com os seus rivais europeus, hoje, a diferença aumentou», observou Emanuel Grasso, referindo-se à média de «22 mil espetadores por jogo na série A, contra os 44 mil espetadores na primeira liga alemã».

Já o presidente da Federação Italiana de Futebol, Giancarlo Abete, admite as fracas receitas dos estádios italianos, mas afirma que «existe um grande potencial de crescimento».

«Na Itália os estádios pertencem aos municípios, que têm outros problemas com que se preocupar, os clubes que construíram por sua vez novos estádios têm vindo a crescer exponencialmente», afirmou Giancarlo

Abete, dando como exemplo o estádio da Juventus, em Turim, construído com o dinheiro do próprio clube.