O Inter de Milão repudiou hoje os cânticos racistas dos seus adeptos, que visaram o futebolista Kalidou Koulibaly, no duelo de quarta-feira com o Nápoles, e reiterou ser contra qualquer tipo de discriminação.

“Desde 09 de março de 1908 [data da fundação do clube] que o Inter representa integração, hospitalidade e progresso. Estas caraterísticas definem a história de Milão, uma cidade que defende a inclusão e o respeito”, afirmou o clube milanês, em comunicado divulgado na sua página oficial na internet.

Na mesma nota, os ‘nerazzurri’ lembraram que sempre se mostraram “contra qualquer forma de discriminação”.

“Por isso, vemo-nos obrigados, mais uma vez, a reiterar que todos aqueles que não entendem ou aceitam a história deste clube, não estão connosco”, pode ler-se na nota.

O Inter foi punido com dois jogos à porta fechada devido a cânticos “racistas” dos seus adeptos, que visaram o futebolista Kalidou Koulibaly, no duelo de quarta-feira com o Nápoles, anunciou hoje o órgão disciplinar da liga italiana.

Nessa partida, da 18.ª jornada da Serie A, em San Siro, o defesa central senegalês Kalidou Koulibaly foi ‘alvo’ dos adeptos do Inter de Milão e acabou expulso aos 81 minutos, com um duplo amarelo. A equipa da casa venceu o jogo, por 1-0, com o golo do triunfo a aparecer já em tempo de descontos.

“Foi decidido punir o Inter de Milão com dois jogos sem público devido a canções ofensivas de natureza racista em direção de Kalidou Koulibaly e também pelo uso de canções insultuosas de caráter territorial contra a política napolitana”, referiu o órgão disciplinar da liga, em comunicado.

No mesmo documento, o organismo revelou que decidiu manter a punição de dois jogos de suspensão de Kalidou Koulibaly, o primeiro pela expulsão e o segundo por ter “aplaudido ironicamente” a decisão do árbitro da partida.

Após os dois jogos à porta fechada, o Inter terá ainda, durante uma partida, que fechar o segundo anel de San Siro, local em que estão instalados os principais grupos de adeptos do clube.