José Mourinho, treinador do Chelsea, disse este sábado que preferia estar na situação do Manchester City, que tem menos três jogos e nove pontos do que os londrinos na Primeira liga inglesa de futebol.
“Temos nove pontos de avanço, mas se eles ganharem os três jogos passam para primeiro, o que significa que não dependemos de nós e até podemos ganhar todos os jogos que restam e não sermos campeões”, disse o treinador português, após a goleada por 4-0 imposta ao Tottenham, em Stamford Bridge, na 29.ª jornada.
Comentando a partida, Mourinho admitiu que a primeira parte foi “complicada”, que o Tottenham “controlou o jogo” nesse período, mas “não a ponto de ter colocado o Chelsea em perigo”, visto que “nunca foi muito agressivo no ataque”.
Na segunda parte, segundo Mourinho, “tudo foi diferente”, porque Óscar (médio brasileiro do Chelsea) “deu outra dimensão” ao jogo coletivo, “ao ligar as linhas entre o meio-campo e o ataque”.
“O primeiro golo resultou de um erro deles, mas foi um erro forçado e no qual o meu avançado teve o ‘sangue-frio’ para colocar a bola entre as pernas do guarda-redes”, disse Mourinho, num elogio a Samuel Eto´o, sobre quem teceu recentemente alguns comentários polémicos por causa da idade deste, à margem de uma entrevista ao Canal Plus.
O treinador português reconheceu que o resultado “foi pesado” para o Tottenham, que "não merecia", mas vincou “a justiça do triunfo” para a sua equipa, ao mesmo tempo que não poupou elogios ao avançado camaronês, autor de dois golos.
Mourinho aludiu à situação em que se viu envolvido por declarações que fez e que puseram em dúvida a idade real do seu jogador: “O Eto´o foi maravilhoso. Eu conheço-o. Geriu de forma magistral a situação pessoal, depois do que se passou nas últimas semanas. Antes do jogo, quando Torres se lesionou, eu disse-lhe ‘vai em frente’, é o teu destino”.