A iminência do Nápoles ser novamente campeão de futebol italiano, bastando-lhe um ponto hoje na Udinese, levou dezenas de milhares de adeptos ao seu próprio estádio à espera de celebrar o cetro que foge há 33 anos.

Depois da Salernitana, treinada pelo português Paulo Sousa, ter estragado a festa no último fim de semana, empatando 1-1 em casa do provável campeão, os ‘tiffosi’ napolitanos voltaram a engalanar-se, confiantes de que hoje é verdadeiramente o dia da festa, que a equipa procurará garantir no extremo norte do país.

Dada a grande vantagem pontual que detém há já alguns meses – atualmente, são 15 pontos, com um jogo a menos – Nápoles já há muito que está trajada de azul e branco, principalmente o seu centro histórico em que poucas são as ruas que escapam ao visível entusiasmo do seu apaixonado povo.

Famílias inteiras, com muitas crianças, bandeiras, lenços, instrumentos musicais e confetes azuis pintam a festa, na qual se entoa o “sonho nos corações” dos napolitanos que voltarão a ser “campeões”.

As autoridades há várias horas que encerraram ao trânsito os acessos ao Estádio Diego Armando Maradona, num dia em que a euforia também se espalha pelo “lungomare”, a marginal da cidade, e a Piazza del Plebiscito, na zona histórica, onde milhares de fãs se juntarão para acompanhar o desafio.

Os mais fiéis estão em Udine, no Norte de Itália, a cerca de 850 quilómetros, onde a partir das 19:45 (hora de Lisboa) a equipa do defesa português Mário Rui (está lesionado) escreverá a sua história.

Em Nápoles, há uma praça, verdadeiro santuário de Maradona, com inúmeras referências ao seu ‘Deus’, em todas as paredes, que também vive hoje um dia especial, pois o ‘astro’ argentino foi o motor dos dois títulos do clube, em 1987 e 1990.

A formação napolitana lidera a Serie A, com 79 pontos, mais 15 do que o segundo colocado, a Lazio, pelo que lhe bastará um empate em Udine, diante do 13.º classificado, para celebrar a conquista do ‘scudetto’.