Durante o discurso num almoço em S. João da Pesqueira, onde inaugurou mais uma Casa do Benfica, Luís Filipe Vieira mostrou “profunda indignação” pela decisão.
“A justiça da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) deveria ser o exemplo, mas, em vez disso, transformou-se no problema”, afirmou.
O dirigente adiantou: “Todos concordarão que teria sido preferível ganhar o título dentro das quatro linhas. Já que não foi possível, seria desejável uma solução que respeitasse a verdade”.
“Infelizmente, não foi isso que aconteceu”, disse, acusando a justiça da FPF de se ter mostrado “mais interessada em chegar a determinado ponto do que em apurar a verdade dos factos e a atender à prova feita num primeiro momento”.
Luís Filipe Vieira admitiu não ser “entendido em Direito”, mas disse que todas as pessoas que consultou “são unânimes em afirmar que o acórdão do Conselho de Justiça viola algumas das regras mais básicas que regem o Direito”.
Na sua opinião, “a qualidade da justiça depende sempre da qualidade das pessoas que a aplicam, da sua isenção, da sua competência, da sua imparcialidade”.
“Lamentavelmente, o que se passou no caso dos juniores indicia um atropelo à lei, aos regulamentos e aos factos apurados. Por isso, quero deixar bem claro, aqui em S. João da Pesqueira, que o caso para nós não acabou”, afirmou.
Neste âmbito, disse que o Benfica lutará “até às últimas consequências na defesa dos factos e das provas que foram apuradas nas semanas a seguir ao jogo e que, meses depois, alguém decidiu alterar sem nenhum fundamento responsável que o justifique”.
O Conselho de Justiça da FPF penalizou o Benfica com uma derrota por 3-0 no encontro da sexta jornada da fase final do campeonato nacional de juniores - realizado na Academia de Alcochete, a 27 de Junho -, por considerar os adeptos do clube como os únicos responsáveis pela interrupção do encontro. O triunfo foi, assim, atribuído ao Sporting.
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