Paulo Lopes protagonizou ontem uma situação caricata nos festejos da conquista da Supertaça Cândido de Oliveira. O guarda-redes do Benfica resolveu celebrar a conquista com os habituais festejos em cima de uma baliza com o troféu nas mãos, mas a brincadeira correu-lhe mal pois quando lhe passaram a Supertaça, Paulo Lopes acabou por quebrá-la na trave de uma das baliza do estádio Municipal de Aveiro.
Mas partir um troféu, embora seja raro, não é inédito no mundo do futebol. Desde 2000 que os momentos de glória contrastam com mãos mais inseguras
Na última década a epopeia de taça quebrada começou em 2004, na Taça Libertadores. Num jogo que oponha o Boca Juniores e o Once Caldas. A partida que decidiu quem levava o titulo para casa foi para grandes penalidades e a formação venezuelana venceu na marca dos 11 metros.
Nos festejos, o capitão de equipa Herly Alcázar, durante a habitual a volta de honra, partiu o adorno do troféu. O jogador da equipa Once Caldas utilizou demasiada força e acabou por quebrar o topo do troféu que, sem dar importância, passou para outro colega de equipa. A Taça Libertadores possuiu um elemento em forma de jogador prestes a chutar uma bola que se encontra seguro no topo da taça por um cabo.
Depois do incidente de 2004 é necessário avançar sete anos até que uma Taça seja vítima de mãos menos seguras de um jogador. Em 2011, após a conquista da Taça do Rei ao rival Barcelona, o Real Madrid festejou durante a noite toda a vitória de um troféu que lhe fugia há 18 anos.
Na chegada à praça Cibeles, no auge dos festejos, Sergio Ramos coloca o troféu do lado de fora do autocarro que levava a equipa de Madrid. A Taça do Rei escorregou-lhe da mão e terminou debaixo da roda do autocarro merengue.
Apenas dias depois do acidente de Sergio Ramos, Maarten Stekelenburg, jogador do Ajax campeão da Holanda, imita as ações do defesa espanhol e, durante os festejos, coloca o troféu em forma de disco fora do autocarro. O guarda-redes acabou por se desequilibrar e deixou-o cair para a estrada.
No ano seguinte foi a vez da Taça Libertadores sofrer uma nova “lesão”. Num jogo que decidia o vencedor da edição 2012, o Corinthians bateu por dois golos o Boca Juniores e sagrou-se campeão. Nos festejos, tal como em 2004, o adorno no topo da taça não se manteve no seu lugar. No caso do Corinthians, o troféu foi exposto mesmo sem estar completo.
De volta à Europa, Pep Guardiola é considerado um dos melhores treinadores da sua geração. No entanto, na sua primeira época com o Bayern de Munique, o treinador espanhol teve um infortúnio nos festejos da conquista da Bundesliga 2013/14. Quando se preparava para posar para uma fotografia, Guardiola deixou cair a taça, embora esta não se tenha quebrado.
Mais recentemente, o Mundial do Brasil corou a Alemanha como tetracampeã do Mundo, após ter batido a Argentina por 1-0, no Maracanã. Em Berlim, os alemães festejaram o regresso aos títulos 24 anos depois da última conquista numa enorme festa.
Na chegada às Portas de Brandemburgo, a “Mannschaft” foi recebida por cerca de meio milhão de pessoas. No meio do mar de gente, a taça de Campeão do Mundo ficou danificada. O autor do acidente não foi revelado, mas a equipa alemã afirmou que será restaurada.
Ontem, foi a fez de Paulo Lopes cometer a graça de quebrar um troféu nos festejos. A vitória de ontem simboliza a conquista inédita de quatro troféus numa época por parte do Benfica. Depois de no ano passado ter ganho o Campeonato, a Taça da Liga e a Taça de Portugal, o clube da Luz acrescentou a Supertaça Cândido de Oliveira ao seu palmarés.
Comentários