O monopólio do FC Porto no historial da Supertaça Cândido de Oliveira está para durar. Em Aveiro, os dragões somaram a 20ª conquista na prova em 35 edições, numa vitória (3-0) tão clara como indiscutível.

Dificilmente Paulo Fonseca poderia desejar uma estreia melhor à frente do tricampeão. Um jogo oficial, um título e uma atuação promissora da sua equipa diante de um Vitória de Guimarães com muita ‘prata da casa’, mas ainda ‘de cristal’ nesta fase da época. Assim, a nova versão do troféu ficou nas mãos do seu habitual vencedor.

O primeiro ‘onze’ do técnico portista ficou marcado por uma surpresa chamada Licá. A aposta demorou somente cinco minutos a provar a sua eficácia. Lucho fugiu pelo flanco direito do ataque e cruzou rasteiro para a entrada fulgurante do antigo extremo do Estoril. Era a primeira oportunidade portista após uma entrada desinibida do Vitória e assim se ditava uma nova história para o jogo.

Os dragões assumiram o controlo do jogo por completo e foi uma questão de tempo até ao segundo golo, por Jackson, aos 17’. Varela aproveitou uma vez mais o espaço (mal) defendido por Addy e cruzou para o cabeceamento perfeito do goleador colombiano, com a bola ainda a bater no poste. A maioria portista no estádio rejubilava, tal como Paulo Fonseca no banco de suplentes, que aplaudia os seus jogadores.

Sucederam-se então algumas ocasiões perdidas pelo FC Porto e a absoluta incapacidade do Vitória em conseguir segurar as investidas azuis ou sequer criar perigo para Helton, que limitou-se a assistir à boa exibição dos seus colegas. O intervalo só chegaria após o 3-0 portista, com o guardião vimaranense Douglas a falhar e Lucho a não perdoar.

No segundo tempo, Rui Vitória ainda tentou agitar a sua equipa com as entradas de Maazou e Leonel Olímpio, mas o melhor que conseguiu foi atenuar as facilidades sentidas pelos dragões no momento de atacar a baliza de Douglas. E nem os cânticos dos incansáveis adeptos vimaranenses foram capazes de mudar o sentido do jogo. Desta feita, não houve reviravoltas surpreendentes como no triunfo na Taça de Portugal. O FC Porto esteve sempre mais perto de voltar a marcar do que o Vitória de reduzir a desvantagem.

Paulo Fonseca estreou também Josué e Quintero nos tricampeões nacionais, que somaram assim o seu primeiro troféu com a camisola portista, e lançaria ainda Kelvin para mais uma ovação dos adeptos azuis e brancos.

O FC Porto entra assim de forma triunfal na nova temporada, com o ‘penta’ na Supertaça. Muda o ciclo no Dragão, mas não muda a rota vitoriosa.