"Gostava que as meias-finais fossem em duas mãos, no futuro, para que os chamados clubes pequenos também tenham oportunidade de jogar em casa, junto do seu público. As propostas de alteração ao novo formato da Taça da Liga devem proteger os clubes pequenos, para que estes não sejam tratados como anexos", reagiu assim o técnico em antevisão ao encontro desta quarta-feira frente ao FC Porto, no estádio do Dragão.
Ainda que considere "o campeão nacional com 95 por cento de hipóteses no jogo", Villas-Boas reiterou que "a Académica é já vencedora desta edição por ser o único anexo a intrometer-se nos chamados três grandes".
"É prestigiante estar envolvido nas meias-finais e se há equipa que interpretou, respeitou e melhorou a competição, que honrou os seus patrocinadores, que precisa e vê com bons olhos os lucros financeiros que esta prova permite, essa equipa foi a Académica de Coimbra. Se, por um lado, há prémios que não pagam salários dos jogadores dos três grandes, a realidade é que a passagem à final ou vencer o troféu significa ou 2,5 ou 25 por cento do orçamento da Académica para uma época", adiantou.
Questionado se o resultado do passado sábado frente ao Sporting foi motivante, o técnico reforçou que "gostaria de prolongar o sabor da vitória de Alvalade", mas diz-se consciente de que "o FC Porto tem hábitos de ganhar em todas as provas em que entra e não vai facilitar".
Quanto ao "onze" a utilizar, Villas-Boas justificou que vai fazer a gestão do plantel, dado que a sua equipa se encontra "nos limites das suas capacidades", pois não tem o hábito de fazer três jogos por semana: domingo, quarta-feira, domingo.
"Esta questão tem que estar em mente. O sonho da manutenção é mais importante e o desgaste físico é muito. Duas competições é trabalho árduo. Resta-nos o aspeto emocional, o desejo e a ambição", concluiu.
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