Ainda que estejamos apenas em tempo de intervalo, não é grande o risco em afirmar que o lance decisivo do dérbi é o já protagonizado por João Pereira, que ao tentar o desarme (se é que tentou) a Ramires atinge em cheio o brasileiro, não dando outra hipótese a Olegário Benquerença: vermelho directo.
Se aos seis minutos uma expulsão é sempre uma catástrofe para qualquer treinador, o que terá dito Carvalhal quando na cobrança da falta Carlos Martins coloca direitinho em David Luiz, que sem oposição, nas alturas, fez o 0-1. Minuto fatídico para a equipa verde e branca.
O Benfica colocou-se em vantagem e começou a carregar incessantemente com um artista de serviço: Di Maria. O argentino fez a cabeça em água a Adrien e tanto assim foi que Carvalhal não teve outra hipótese senão pôr em jogo Pedro Silva, tal era a auto-estrada de que Angelito dispunha.
Sem conseguir responder, o Sporting limitava-se a defender e sem se adaptar às dez unidades deixava muito espaço para o Benfica.
Mais uma vez pelo lado esquerdo, apesar de recém entrado, Pedro Silva não teve pernas para César Peixoto e este não se fez rogado. Correu para a linha final, levantou a cabeça e meteu em Ramires, que só teve de encostar. 2-0, sem dificuldades.
E quando se pensava que o Sporting ia sucumbir, eis que os leões deram a resposta que até aí não tinham conseguido: organização no ataque e jogadas de perigo pela primeira vez junto à baliza de Júlio César.
De orgulho ferido, o leão reabilitou-se e Liedson deu o mote. Arrancou com a bola e no meio de três defesas rematou para a baliza e surpreendeu Júlio César.
Quando menos se esperava, o Levezinho recolocou o Sporting na discussão do jogo.
O intervalo chega com o Sporting por cima, a fazer valer o coração em deterimento da razão. Grande segunda parte em perspectiva, depois de uma primeira parte em alta rotação.
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