O Marítimo está na final da Taça da Liga. Os madeirenses venceram o FC Porto por 2-1 e vão defrontar o Benfica na final da prova. Evandro marcou para o FC Porto, Rodrigo Galo (g.p.) e Marega para a turma madeirense. A Madeira transformou-se na Ilha dos horrores para o FC Porto, que ainda não conseguiu vencer: duas derrotas, ambas com o Marítimo e um empate com o Nacional.

O FC Porto voltou a ilha da Madeira onde ainda não tinha ganho esta época. Uma derrota com o Marítimo e um empate com o Nacional, ambos para a Liga, era o registo dos "dragões" que não venciam na Madeira há quatro jogos.

Para tentar chegar a final da Taça da Liga, Julen Lopetegui fez várias mexidas na equipa, numa semana em que teve poucos jogadores, com muitos internacionais nas seleções. Jose Angel e Ricardo foram titulares nas laterais, Quaresma e Hernâni nas alas, Oliver voltou ao meio-campo que teve Evandro. Tello, Brahimi, Herrera e Alex Sandro ficaram no banco. O Marítimo só não tinha Gegê (no banco), que jogou na terça-feira por Cabo Verde contra Portugal.

Os madeirenses entraram bem no encontro, com Marega a colocar Helton à prova logo aos 12 minutos. Antes, aos 4, Hernâni tinha caído na área do Marítimo, com o portista a pedir penálti e o Marítimo a pedir amarelo por simulação.

Os "dragões" cresceram no jogo a partir dos 15 minutos, altura em que Hernâni teve uma soberana oportunidade para marcar mas o seu remate saiu às malhas laterais. Aos 18 foi Oliver a estar perto de marcar mas perdeu no duelo com Salin.

Depois de Casemiro tentar um golo do meio-campo, os "dragões" vão chegar a vantagem aos 32 minutos, num remate de pé esquerdo de Evandro à entrada da área, após corte incompleto de Marega. O golo era o culminar de um maior ascendente do FC Porto, com Hernâni a dar muito trabalho pelas alas. A partir, o FC Porto "desapareceu".

A equipa de Ivo Vieira sentiu o golo e saiu à procura do empate. E em cinco minutos, deu a volta ao texto. Primeiro por Rodrigo Galo, na transformação de uma grande penalidade cometida por Ricardo Pereira sobre Xavier, aos 37. Aos 45, veio a reviravolta. Após canto e depois de dois toques dos madeirenses, a bola chegou a Marega que rematou de cabeça para o 2-1.

A vencer, o Marítimo baixou as linhas e passou a tentar o contra-ataque. O FC Porto, tal como aconteceu na derrota para a Liga, não mostrou capacidade para dar a volta ao resultado. Tinha mais bola, jogava no meio-campo contrário mas era incapaz de criar uma situação de golo. Os médios nunca conseguiram criar jogo para os extremos e avançados, que também nunca encontraram soluções para ultrapassar a defensiva madeirense.

Lopetegui tentou mexer no jogo, lançado Gonçalo Paciência, Brahini e Tello, retirando os apagados, Ricardo Pereira, Hernâni e Quaresma, mas sem efeito. O futebol dos "dragões" era muito previsível, com passes curtos. Faltou criatividade no meio-campo mas também capacidade para chegar junto da área. A equipa acabou o jogo com todos dentro da área do Marítimo e bolas bombadas para a área, onde o Marítimo esteve imperial. A melhor oportunidade caiu nos pés do apagado Aboubakar que rematou contra as pernas de Salin. Demasiado pouco para uma equipa que tinha ambições de vencer esta prova.

Tal como já tinha acontecido no jogo do campeonato para contra o Marítimo (derrota por 1-0) e recentemente frente ao Nacional (empate 1-1), a equipa de Lopetegui volta a não conseguir ganhar na Madeira. Pior, esta derrota coloca o FC Porto fora da final da Taça da Liga, onde está o Benfica que vai medir forças com o Marítimo. Os madeirenses chegam a uma final de uma competição em Portugal, 20 anos depois.