O treinador José Peseiro prometeu hoje um Sporting de Braga empenhado a ser autoritário sábado na final da Taça da Liga de futebol, anunciando mudança de estratégia frente ao FC Porto após derrota 3-1 no Dragão.

«Queremos vencer. Ter a posse de bola, fazer golos e não sofrer. Por isso, é evidente que temos de jogar no ataque. Por não conseguirmos uma vez não significa que não vamos conseguir mais vezes. [Desejo] que a equipa não seja tão como em alguns momentos [do jogo segunda-feira no Porto, na 25.ª jornada da Liga]», afirmou Peseiro.

Na antevisão ao desafio de Coimbra, o técnico desvalorizou o passado: «É uma final. Tudo o que está para trás, pouco conta. Apenas (vale) o que fizermos em campo. A ambição é trazer uma Taça para a vitrina do Braga. É importante, pois o FC Porto já tem muitas taças. Faz-nos mais falta».

Aos que defendem o mau prenúncio pelo desaire da Liga, Peseiro recorda que, em novembro, a sua equipa afastou o FC Porto da Taça de Portugal apenas cinco dias depois de derrotada em Braga para o campeonato.

«Que a história se repita», gracejou, reforçando a determinação de todo o grupo em homenagear a estrutura do clube e a cidade com a conquista do segundo troféu da história, após a Taça de Portugal em 1966/67.

Pela frente, vai ter um adversário «com identidade, ideias claras de jogo», um perfil «identificado» e «difícil de contrariar», porém afiançou a «vontade e ambição» dos seus pupilos em fazê-lo.

José Peseiro garantiu que pensou sempre em adotar em Coimbra uma estratégia diferente da do Dragão, regressando à identidade da equipa em «98 ou 99 por cento» dos jogos: «Queremos dominar, controlar, ser ofensivos, ter a bola. Se formos mais próximos do que costumamos ser, será mais fácil ganhar».

O técnico reconheceu que vai enfrentar «uma grande equipa, muito forte», pelo que entende ser fundamental que os seus pupilos estejam «bem organizados e a grande nível individual e coletivo».

O presidente do Braga está a cumprir uma suspensão de dois meses, mas o técnico lembrou que António Salvador está sempre com a equipa, «com as mensagens que envia ou com as conversas» que tem com o grupo, recordando que o Braga em destaque no futebol português nos últimos anos «deve-se muito a ele».

O técnico informou que o defesa Douglão está fisicamente apto a ser convocado, mas recordou a ausência de rotinas competitivas, à semelhança de Nuno André Coelho.

Recusou-se a apontar as várias lesões de futebolistas importantes como desculpa para qualquer inêxito – «não me conformam com a derrota» -, manifestando «confiança total» nos disponíveis.

Desafiado a fazer um balanço da época - é também quarto na Liga, a três pontos do Paços de Ferreira - deixou-o para o final, garantindo não estar preocupado com o seu futuro.