O Benfica é o ‘rei’ da história da Taça da Liga em futebol, com sete títulos, em 14, secundado pelo Sporting, vencedor de três das últimas quatro edições de uma competição que o FC Porto nunca ganhou.
Nesta 15.ª edição onde na qual as ‘águias’ procuram o oitavo ‘caneco’ e os ‘leões’ o quarto, é já certo que ainda não será desta que os ‘dragões’, afastados na terceira fase, inscrevem o seu nome no historial da prova.
Os ‘encarnados’ ganharam as sete finais disputadas, a primeira sob o comando do espanhol Quique Flores, em 2008/09, a última com Rui Vitória, em 2015/16, e, pelo meio, cinco com Jorge Jesus, em 2009/10, 2010/11, 2011/12, 2013/14 e 2014/15.
Por seu lado, o Sporting ganhou em 2017/18, com o treinador holandês Marcel Keizer, em 2018/19, liderado por Jesus, que somou o sexto troféu, e na época passada, já com Rúben Amorim à frente da equipa.
Além dos dois ‘grandes’ de Lisboa, apenas o Sporting de Braga conta mais do que um título, mais precisamente dois, conquistados em 2011/12, com José Peseiro, e em 2018/19, no curto período em que teve Rúben Amorim como técnico.
Num palmarés em que o FC Porto continua ausente, sendo recordista de finais perdidas, com quatro (2009/10, 2012/13, 2018/19 e 2019/20), arrebataram ainda a Taça da Liga o Vitória de Setúbal, de Carlos Carvalhal, na primeira edição (2007/08), e o Moreirense, de Augusto Inácio (2016/17).
Individualmente, Rúben Amorim é aquele que tem o melhor palmarés, com oito títulos, seis como jogador, cinco ao serviço do Benfica e um pelo Sporting de Braga, e dois como técnico, dos ‘arsenalistas’ e dos ‘leões’, contra sete do central Luisão, que esteve em todos os títulos ‘encarnados’.
O treinador do Sporting pode, assim, somar em Leiria o seu nono ‘caneco’, sendo que Jorge Jesus, porque orientou o Benfica em dois jogos, pode alcançar, via Nélson Veríssimo, o seu sétimo como treinador e ‘salvar’ a segunda passagem pelas ‘águias’ – seria o seu título 11 pelo clube da Luz.
No coletivo, o Benfica, mesmo sem títulos nas últimas cinco edições, é líder indiscutível, com os sete títulos e nem uma derrota para amostra na fase de grupos.
Os ‘encarnados’ somam 40 vitórias, 17 empates e apenas quatro derrotas, uma na segunda mão dos ‘quartos’, com o Vitória de Setúbal (2007/2008) e três nas meias-finais, com Moreirense (1-3, em 2016/17), FC Porto (1-3, em 2018/19) e Sporting de Braga (1-2, em 2020/21), num total de 61 jogos.
Antes de iniciado o domínio das ‘águias’, foi o Vitória de Setúbal a ganhar a primeira edição, ao afastar Gondomar (3-0 fora), Sporting de Braga (2-0 em casa) e Benfica (1-0 fora e 2-1 em casa), vencer a fase de grupo, perante Sporting, Penafiel e Beira-Mar, e superar os ‘leões’ na final.
Os sadinos, que já haviam batido o Sporting por 1-0 na fase de grupo, impuseram-se na ‘lotaria’ das grandes penalidades (3-2), com o guarda-redes Eduardo como ‘herói’.
O Benfica venceu pela primeira vez em 2008/09, impondo-se nos penáltis (3-2) ao Sporting. Pereirinha adiantou os ‘leões’ (48 minutos), mas um penálti, inexistente, de Reyes (76) atirou a decisão para a ‘lotaria’, na qual Quim foi protagonista, ao ‘parar’ Rochemback, Derlei e Hélder Postiga.
Na época seguinte, já com Jorge Jesus, a vitória foi categórica, pois incluiu um 4-1 em Alvalade, face ao Sporting, nas meias-finais, e um 3-0 frente ao FC Porto, na final, com tentos de Rúben Amorim, Carlos Martins e Cardozo.
Em 2010/11, o terceiro ‘caneco’ também passou por um triunfo nas ‘meias’ face ao Sporting, desta vez na Luz, e com um golo a acabar de Javi Garcia (2-1). Na final, a primeira em Coimbra, novo triunfo por 2-1, face ao Paços de Ferreira.
O quarto triunfo consecutivo também teve como ponto alto a meia-final, com o Benfica a receber e bater o FC Porto por 3-2, depois de estar a perder por 2-1, num embate decidido pelo suplente Cardozo, aos 77 minutos. Na final, Saviola apontou o 2-1 final face ao Gil Vicente, aos 84.
Em 2012/13, prevaleceu o Sporting de Braga, que, depois de afastar o Benfica nas meias-finais, nos penáltis (3-2), com Quim como ‘herói’, bateu na final o FC Porto por 1-0, em Coimbra, graças a uma grande penalidade do brasileiro Alan.
Na época seguinte, o conjunto da Luz voltou a ganhar, ao eliminar nas meias-finais o FC Porto em pleno Dragão, na ‘lotaria’ dos penáltis (4-3), depois de mais de uma hora com 10, para depois bater em Leiria o Rio Ave por 2-0, com tentos de Rodrigo e Luisão.
Em 2014/15, a formação da Luz chegou sem dificuldades à sexta final, com quatro triunfos e 10-0 em golos, para, em Coimbra, superar o Marítimo por 2-1, num embate resolvido, aos 80 minutos, pelo holandês Ola John.
Um ano volvido, com Rui Vitória ao ‘leme’, o Benfica também cumpriu um percurso 100% vitorioso, que incluiu um 6-1 no reduto do Moreirense e que foi rematado, em Coimbra, com nova goleada, agora sobre o Marítimo, batido por 6-2.
Em 2016/17, primeira com ‘final four’, o Moreirense foi a grande sensação, ao ‘arrumar’ o FC Porto na fase de grupos, bater o Benfica por 3-1 nas meias-finais e superar na final o Sporting de Braga por 1-0, graças a um penálti de Cauê.
O Sporting prevaleceu nas duas épocas seguintes, em Braga, apesar de não ter vencido qualquer jogo nas duas presenças na ‘final four’: em 2017/18, superou FC Porto e Vitória de Setúbal e em 2018/19, bateu Sporting de Braga e novamente os portistas, sempre no desempate por grandes penalidades.
Os ‘arsenalistas’ aproveitaram, finalmente, o fator casa em 2019/20, impondo-se por 1-0 na final, ao FC Porto, graças a um tento de Ricardo Horta, aos 90+5 minutos, depois de superarem o Sporting nas ‘meias’, por 2-1, num jogo decidido por Paulinho, aos 90.
Na época passada, numa edição que começou nos ‘quartos’ e só teve oito participantes, o Sporting somou o terceiro título, ao bater na final o Sporting de Braga por 1-0, com um tento de Porro, depois de uma reviravolta com o ‘bis’ de Jovane Cabral, com o jogo a terminar, nas meias-finais com o FC Porto (2-1).
Na final da 15.ª edição da prova já está o Benfica, que afastou o Boavista nas grandes penalidades. Santa Clara e Sporting discutem hoje quem será o adversário das Águias na final de sábado, em Leiria.
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