O FC Porto mede forças com o Sporting a partir das 19h45 de terça-feira para as meias-finais da Taça da Liga, em Leiria, naquele que será o terceiro duelo da época entre os dois emblemas e o treinador dos dragões já fez a antevisão à partida.
Expetativas para o terceiro jogo da época com o Sporting: "A expetativa é a mesma de sempre. Queremos muito ganhar esta competição, é um objetivo da época, surge num bom momento. Gosto muito que a equipa seja desconfiada, que não embarque em demasia no que tem sido conseguido recentemente. Olhar com respeito e humildade para um adversário forte, que vai exigir estarmos a um nível muito alto. Queremos ganhar o jogo para estar na final".
Um Sporting diferente com Rui Borges: "Olhámos para o Sporting contra o Benfica, contra o V.Guimarães e até para o nossos jogo. Procurámos antecipar os vários cenários, mas pelo que observámos há muitos movimentos que ainda se mantêm do Ruben Amorim. Há muitas semelhanças. Várias configurações que se mantêm, desenhos idênticos. Depois, talvez posicionamentos ligeiramente diferentes numa estrutura muito similar. Procurámos antecipar diferentes cenários, mas não houve grande diferença de comportamentos. Num jogo houve mais golos sofridos, noutro nem tanto, momentos em que o Sporting esteve mais por cima, outros não. Esperamos um Sporting à imagem do seu treinador, tendo em conta aquilo que é o seu passado recente".
Importância do regresso de Marcano: "Marcano tem-nos acompanhado, acrescenta valor nas intervenções que tem e é sempre bom tê-lo ao nosso lado, agora até sem qualquer limitação para dar também o seu contributo dentro de campo."
FC Porto com menos desgaste no fim de semana: "Sinceramente acho que não há nenhuma vantagem, porque estamos a jogar ao quarto dia. Se tivessem sido só três dias admitia que tivéssemos alguma vantagem. Assim, as 96 horas de recuperação estão lá e a este nível não há diferença. São jogos com cariz muito próprio, um clássico, onde os níveis competitivos estão em alta escala. A fadiga dissipa-se com o contexto em si. Se calhar dos 15 minutos jogámos seis ou sete. Mas depois as viagens, a angústia de vir ou não vir, a viagem e o voo para cá, chegar tarde... Acaba por não ser simpático para nós. Infelizmente tocou-nos. Penso não haver vantagem da nossa parte nem da parte do Sporting. Quando jogar ao quarto dia, as 96 horas tornam-se boas para recuperar os jogadores".
Sporting já teve três treinadores. Complicou a preparação do jogo? "Geralmente há um base de dados que inclui sete ou oito jogos. Fizemos aquilo que fazemos sempre. Analisámos o Sporting, mais obviamente nestes últimos dois jogos, e perceber as semelhanças para o Vitória. Claro que estamos a falar de um plantel diferente, o Sporting tem jogadores de um grande nível individual. Depois perceber como o adversário se configura a defender ou atacar. Defender a quatro já acontecia no passado, é raro ver os alas numa linha de cinco. Aconteceu com o Maxi, que ajudou o Matheus Reis no fim do último jogo. Temos de perceber como o Rui se vai adaptar, se vai montar alguma vez a linha de cinco, que não será novidade. Parece-me que vai ser uma linha de quatro? Sim. A defender em 4x4x2? Sim. Mas parece-me que são jogadores muito capazes".
Possível primeiro clássico para Rodrigo Mora e comparações com Rui Barros: "Foram buscar o Rui Barros de certeza que não foi só pela estatura... Se for igual ao Rui Barros no talento, fico muito contente. E se fizer um pouquinho dessa carreira, é um excelente sinal. Ainda hoje o Rui joga que é uma maravilha. Há quatro anos, num jogo em tom de brincadeira, impressionou-me. É de um talento absurdo. Voltando ao Mora: recentemente, penso que o pai falou numa entrevista e disse que está muito bem rodeado. Acho que tudo isto para ele, nesta fase, será novidade. Mas sinto que o Mora quer crescer, evoluir, não quer ficar por aqui. Sabe que está a iniciar um caminho que é longo e que, por vezes, terá pedras pelo meio. Estamos cá para lhe dar atenção. As vozes se calhar vão aparecer no momento em que ele não for tão competente. Mas não acredito porque percebe-se que há empatia. Dá-me ideia que está muito bem rodeado e isso é essencial num menino de 17 anos. Que o vão aconselhar. Perceber que nem tudo são flores. Se ele tiver a mente aberta, certamente fará carreira no futebol".
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