Sem surpresas de maior, pelo menos no que toca ao resultado final, o Sporting recebeu e goleou o Praiense por 5-1 e garantiu a presença nos oitavos-de-final da Taça de Portugal. O resultado mais provável foi construído no segundo tempo, mas até aí houve uns primeiros 45 minutos estóicos da modesta equipa açoriana, que saiu de Alvalade de cabeça bem erguida.

O jogo:

Não se 'fez Taça' em Alvalade, mas que houve um daqueles momentos de Taça para mais tarde recordar logo aos dois minutos de jogo, isso é inegável. Com assinatura de Filipe Andrade, açoriano de gema. Bola longa para as costas da defesa leonina, o avançado a olhar para a bola e...cá vai disto. Beto bem saltou, mas aquela bola estava destinada ao fundo das redes e a um momento brilhante, celebrado como se de uma vitória se tratasse. Não era para menos.

A reação do Sporting, no entanto, era inevitável. Os ataques à baliza de Tiago Maia acumularam-se depois desse notável golo madrugador, mas o guardião do Praiense atrasou, com mérito, a reviravolta leonina. O empate, no entanto, surgiria ainda no primeiro tempo. Jefferson bateu um pontapé de canto e Paulo Oliveira aproveitou uma falha de marcação para cabecear com sucesso.

Com o empate recuperado, o Sporting ameaçava a reviravolta que lhe era exigida, mas precisou de esperar até à segunda metade do encontro para a conseguir. Até aí, o Praiense agigantava-se à medida da ocasião e ia evitando o segundo golo leonino, tendo para isso também beneficiado da decisão do árbitro ao anular o lance em que Matheus Pereira encosta para o fundo das redes.

Ao intervalo, porém, houve palavras de Jesus à equipa do Sporting e esta voltou com espírito reforçado para cumprir a obrigação de vencer. Com espírito reforçado e com um Bruno César decisivo, tendo ficado ligado aos seguintes quatro golos dos 'leões'. Primeiro, logo a abrir o segundo tempo, sofreu a falta que originou a grande penalidade convertida por Adrien para o 2-1.

Com a vantagem conseguida por fim e com o Praiense a começar a ceder a nível físico, tudo se tornou mais simples para os homens de Jesus. A passe de Adrien, Bruno César fez o 3-1, dando continuidade a uma noite de grande nível em termos individuais. Já na reta final do encontro, André 'saltou' para o relvado de Alvalade e apontou dois golos desenhados pelo mesmo Bruno César e tirados a papel químico.

Um resultado demasiado pesado face à qualidade e esforço demonstrados pelo Praiense, mas que se justifica tendo em conta o muito superior valor ofensivo do Sporting, demonstrado quando a formação açoriana começou a fraquejar na defesa.

O momento:

O golo de Filipe Andrade: É verdade que para o desfecho final acabou por ser pouco relevante, mas o tento madrugador do avançado açoriano, tanto pela qualidade do mesmo como pelo momento em que aconteceu - logo aos dois minutos de jogo - foi o ponto alto do encontro e merece ser revisto diversas vezes.

Os melhores:

Bruno César: O brasileiro teve uma noite em cheio, ficando ligado aos quatro golos do Sporting no segundo tempo. Em três ocasiões foi criador, numa foi finalizador, sendo por isso determinante para o desfecho final.

Filipe Andrade: Viveu na noite de quinta-feira o momento mais alto da sua carreira, quando viu o seu potente remate sobrevoar Beto para um golo madrugador. Além do golo, demonstrou ainda grande qualidade no controlo da bola ao longo de todo o jogo.

As reações:


Jorge Jesus: "O André faz-me lembrar o Liedson"
Beto: "Fizemos um jogo sério, responsável"
Filipe Andrade: "Provámos que o jogador açoriano tem qualidade"
Francisco Agatão: "Estivemos nas nuvens e baixámos à terra"

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