O Benfica está na final da Taça de Portugal pela segunda vez consecutiva. Os encarnados voltaram a bater o Estoril, agora por 2-0, depois do 3-1 da primeira-mão da meia-final. Gonçalo Ramos e Waldschmidt fizeram os golos. Na final o Benfica vai medir forças com o SC Braga, que eliminou o FC Porto.
Os 3-1 da primeira-mão davam muita segurança ao Benfica, frente ao líder da Segunda Liga. Por isso, Jorge Jesus fez uma revolução no onze, mantendo apenas Lucas Veríssimo em relação à equipa que venceu o Rio Ave na passada segunda-feira.
Bruno Pinheiro também mexeu muito no seu onze-base, dando minutos a jogadores habitualmente suplentes e reservando os mais importantes para os embates na Segunda Liga, num ano em que os Canarinhos parecem bem lançados para regressar à elite do futebol português.
Veja o resumo do jogo!
Apesar das dez mexidas operadas no onze - destaque para o regresso de Odysseas Vlachodomos na baliza encarnada e para a titularidade de Gonçalo Ramos - o Benfica dominou o encontro do início ao fim e raramente concedeu espaços ao Estoril.
Com Pedrinho nas costas Gonçalo Ramos, o Benfica explorava os corredores com Cervi e Pizzi, com os laterais Nuno Tavares e Gilberto mais por dentro.
Chiquinho testou a atenção do guarda-redes Thiago Silva logo aos cinco minutos mas o brasileiro defendeu com os punhos. Aos 9 é Cervi a ficar perto do 1-0.
O Estoril nunca mudou a sua forma de jogar. A equipa de Bruno Pinheiro gosta de construir desde detrás, com o guarda-redes, sempre de pé para pé, num futebol que já é marca da Segunda Liga. Mas desta vez apanhou um Benfica muito pressionante, a tentar ganhar a bola em todos os cantos do campo. As perdas de bola eram constantes e isso impedia a equipa de chegar perto da baliza encarnada.
A pressão do Benfica na saída curta do Estoril deu frutos aos 43 minutos. Hugo Gomes foi pressionado por Pizzi, errou o passe e deu em Chiquinho que meteu de pronto em Gonçalo Ramos para um remate certeiro do jovem avançado.
Já nos descontos, Pizzi teve o 2-0 nos pés mas o seu remate saiu a centímetros da barra, já com Thiago Silva batido.
Com 4-1 no conjunto da eliminatória, o Benfica soltou-se mais no segundo tempo e criou várias oportunidades de golo. Viu-se já um pouco de nota artística nalgumas jogadas.
Aos 53 minutos, Pizzi descobriu o baixinho Cervi na área, o desvio do argentino saiu pouco por cima. Aos 60, só por pouco um lance de laboratório do Seixal não deu em golo: Nuno Tavares para Pizzi que serviu Chiquinho, o remate do médio foi travado por Thiago Silva.
Com Éverton e Seferovic nos lugares de Pedrinho e Gonçalo Ramos e, mais tarde, Waldschmidt e Taarabt nos postos de Pizzi e Chiquinho, o Benfica continuou à procura do segundo golo.
No Estoril, também Bruno Pinheiro tinha refrescado a sua equipa com as entradas de Rosier, André Vidigal, Yakubu e Miguel Crespo.
Recém-entrado, Waldschmidt também tentou a sua sorte, aos 77 minutos: fez uma diagonal, entrou na área até rematar forte para mais uma defesa do guardião Thiago Silva, para canto. Aos 83 é Marcos Valente a impedir que o remate de Everton terminasse no fundo da baliza.
O Estoril ia tentando subir nalgumas ocasiões, principalmente depois da entrada de André Vidigal, mas o Benfica mostrou-se muito seguro a defender.
No último minuto, após perda de bola do Estoril, o Benfica atacou com muitos. Waldschmidt conduziu sozinho, antes de bater Thiago Silva pela segunda vez.
Na outra meia-final o SC Braga venceu o FC Porto por 3-2 no Dragão, após o 1-1 no primeiro jogo e vai defrontar o Benfica no Jamor, na final da Taça de Portugal. Esta será uma final inédita já que nunca estas duas formações se encontraram no jogo decisivo em 80 edições da prova.
O Benfica vai à procura da sua vitória número 28 em 38 finais. o SC Braga pretende levantar o troféu pela terceira vez, nesta que é a sua sétima final.
Um frente a frente inédito à 81.ª edição da Prova Rainha e na qual as águias vão tentar erguer o troféu pela 27.ª vez em 38 finais.
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